17 fevereiro, 2010

A imbecilidade (vulgo Carnaval/Brasil)


Imbecilidade, acompanha tantos de nós e até mesmo, percebam, parece que a alguns de nós -em uma ladeira desenfreada- este artigo é o que puxa fortemente para frente de dentro das bagagens.
Não entenderam bolhufas, não é mesmo?
Pois é, como eu desejo ardentemente espancar poucos alguns, encher outros de terra pelas ventas, cuspir no ouvido de inumeros que, por favor, não demonstram possuir freios em sua imbecilidade. Despedaça-los e jogar as tiras para os crocodilos, isso mesmo!!
Mas o que eu queria, realmente, era tomar um café gostoso comendo chocolate meio-amargo apreciando, senão apenas minha sombra no chão, a da caneca de café.

Imagem: http://amarpedra.blogspot.com/2009/01/da-hegemonia-da-necedade.html

25 setembro, 2009

Ângela...

Mesmo que me aperte essa sensação sem nome
Ou que me faça engolir a seco a minha sede é de
Ângela, Ângela, Ângela
Quantas vezes eu me quis negar
Mas o meu rio só corria em direção ao mar, em direção ao mar de
Ângela, Ângela, Ângela
Rouba do meu leite agora
O gosto da minha vitória
Do meu amor, do meu amor por mim
Eu que me achava o rei do fogo e dos trovões
Eu assisti meu trono desabar sedendo as tentações, as tentações de
Ângela, Ângela, Ângela
Minha espada erguida para a guerra com toda fúria que ela encerra,
No entanto, no entanto, é tão doce, tão doce para
Ângela, Ângela, Ângela

14 setembro, 2009

Novo 'Layout' - 3 Anos!!! \o/



Bom dia a todos.
Este fim de semana, como podem observar, alterei o 'Layout' do blog, sua 'cara' e funcionalidades.
Uma aparência mais limpa, embora bastante arrojada e estéticamente agradável; sem cores fortes em demasia nem tampouco fontes exageradas ou inacessíveis ao olho nú.
A proposta de um blog limpo, sem propagandas ou modismos foi e sempre será mantida. Minha finalidade aqui não é ganhar dinheiro, mas sim ocupar a mente com o que adoro fazer: pensar e escrever.

Há agora uma caixa de busca interna, onde vocês poderão pesquisar termos ou frases neste blog (puxa vida, a frase 'xxxx xxx' eu a li neste blog, mas não recordo em qual post... vou procurar!). Há também um relógio bonitinho e um calendário, para lembrarmos as horas e dias de se pensar.
Prévias dos ultimos posts também podem ser encontrados facilmente no menu à esquerda, onde inseri também links para alguns pensadores que adimiro, e sempre visito seus blogs. Visite também! Vale a pena.

E, como não poderia deixar de ser, a "BRASÍLIA SUPER RÁDIO - FM" estará presente conosco. Basta clicar para ouvir as mais belas canções da música universal 24h por dia, com notícias atualizadas da Rede Bandeirantes de jornalismo.

Tenham todos uma excelente semana muito produtiva. Obrigado por participarem destes 3 anos de Pensamentos de um Primata!!
Abraços.

J. Lacerda
ou, Trovador.

Imagem: hardinformatica

11 setembro, 2009

11 de setembro - O mundo mudou há 8 anos



Que a dor pela perda de parentes e amigos (estes ultimos, parentes por escolha) seja minimizada, uma vez que esquecer é tarefa impossível.


 Foto: The Falling Man foi tirada por Richard Dr

03 setembro, 2009

Sobre a falta de educação do brasileiro.




Sim, o título diz tudo o que há. Com o crescimento e desenvolvimento populacional as pessoas, quando deveriam progredir em seu intelecto, agir de forma mais coerente, preocupada com os demais ao seu redor (pois o metro quadrado fica mais disputado a cada dia que passa) estão regredindo! Cometendo atos grotescos, grosseiros, inimagináveis, creio eu, há algumas décadas atrás quando, ao que tudo indica, as coisas eram diferentes, as pessoas eram mais educadas.

Caminhando pelas ruas, tem gente que não dá a mínima para o fato dela mesma estar rodeada de inúmeras pessoas que incrivelmente e inexplicavelmente possuem suas ambições, sentem dores, anseiam por um sem-fim de badulaques que nos foge a compreensão. Estes imbecís infames poderiam, ao menos, manter-se à sua direita para evitar atropelamentos e nervosismos. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Há ainda aqueles que, mesmo não etilizados (ou aparentando não estarem), vão de um lado ao outro, promovendo tamanha confusão com um ato tão simples e tão antigo: andar para frente.

Não bastasse esta aberracidade desmedida, nos metrôs encontramos muitos infelizes que, pela sorte que lhes falta poderiam estar mortos; não sabem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço no universo! E se enfiam tal qual agulha em couro cru, sem poder aguardar, pacientes e indolores, os passageiros que precisam deixar os trens assim o fazê-lo. Esperem, animais! A porteira abriu, mas a comida está noutro cocho distante, não neste...

E essa lei da humanidade atual aplica-se à elevadores e quaisquer coisas que tenham portas trafegáveis. Inúteis paspalhões.

Me causa nojo e repúdia quando, em onibus coletivos lotados de moribundos já cedo, nas primeiras horas de sol presente, velhas múmias tagarelam alcançando tons e notas assombrosas até mesmo mesmo a Pavarotti. Um tal de risada alta, palavras de baixo calão, risadas altas e tosses; palavras de baixo calão e a minha agonia do destino estar distante. Distante mesmo anda minha paciência.

Crianças chorando, sem educação -pois nem mesmo as crianças hoje conseguem educação de berço- e se debatendo, batendo nos outros, urinando em locais publicos... Um horror. Se há de haver a degradação humana, já há por aqui há algum tempo e parece que poucos perceberam.

Mas deixe-me calar-me por aqui, senão ficarei mais irritado ainda.


Foto: 1º Memorial Javier Carpintero de Xadrez.

28 agosto, 2009

No ponto de onibus




No onibus a caminho do serviço, às 6:25 da manhã, enquanto saboreava o melhor da música erudita nas ondas da 'Brasília Super Radio FM, 89,9Mhz' me deparei com algo que já vivenciei na pele, agora do lado de fora do onibus: dormindo em um ponto de onibus, todo encolhido pelos 15º que fazia neste horario, um homem sem muita roupa.
Lembrei de imediato as casas em construção que tantas e tantas vezes foram meus abrigos, os 'quartinhos' de fazer xixi do lado de fora de muitas casas foi meu dormitorio tantas e tantas vezes. Em momentos fui acordado aos ponta-pés por policiais inescrupulosos que batem antes de perguntar. Em outros fui vitima do frio paranaense implacável que beirava os 5º pela madrugada; caminhava pelo asfalto pouco iluminado da BR que corta a frente de Castro, a pequena cidade onde morei quando isto tudo aconteceu.
Pode-se dizer, sem exageros, que Castro me proporcionou os melhores e piores momentos da minha vida. Sim, pois nesta cidadezinha que parece ter parado no tempo conheci as trevas e saí -quase- ileso disso tudo. Conheci a maldade nas ruas sangrentas e nos olhos de uma 'mãe' que só fazia me humilhar, como se eu não tivesse desbravado o meio de suas pernas ao encontro da luz como fizeram seus outros 6, depois de nós 6 (sim, tenho 11 irmãos por parte de mãe e pai, mais 6 por parte apenas de pai.). Conheci o respeito verdadeiro pelas palavras confortantes de profª Suzanne, do colégio Cavannis, de Charton Stella, das aulas de jardinagem e também dos ensinamentos de vida. Luciano Christoforo, psicologo que acompanhava minhas neuras adolescentes, Lea e Suzana, psicologa e ass. social que me deram suporte enquanto no abrigo para menores estive por quase 4 anos. E outros mais e poucos que me ajudaram a não acabar minha história prematuramente.
Pois bem; olhei aquela cena do homem encolhido e praticamente revi meus momentos de angustia quando, fedido e com feridas purulentas por mais de semanas sem um banho e magro por tempos e tempos sem uma refeição correta e balanceada. Me senti contente por estar melhor nos dias de hoje.
Faço um pedido a você, caro leitor, para que ao verificar um mendigo nas ruas encolhido com frio, não o maltrate, não o olhe com desprezo. Passei por isso, sei o quanto dói ser olhado com nojo, olhares inquisidores e reprovativos. Aquele mendigo que hoje dorme nas calçadas amanhã, quem sabe, pode ser o homem que assinará seu contracheque, que educará seus filhos na escola, que apontará uma revolver carregado contra sua cabeça e não exitará apertar o gatilho.
Pense nisso.

17 agosto, 2009

Don't leave me now - Pink Floyd




Oooh babe
Don't leave me now.
Don't say it's the end of the road.
Remember the flowers I sent.
I need you, babe
To put through the shredder
In front of my friends
Oooh Babe.
Don't leave me now.
How could you go?
When you know how I need you
To beat to a pulp on a Saturday night
Oooh babe,
Don't leave me now.
How can you treat me this way?
Running away.
Oooh babe,
Why are you running away?
Oooooh babe!

27 julho, 2009

When we are enough for anyone?





Quando somos suficientemente bons para os outros? Por quanto mais tempo teremos que quebrar nossos próprios recordes, superar nossas limitações, abrir mãos de nossas asas para outros poderem voar? Lutar, lutar, e sempre ficar a sensação de perder, perder.
Nunca seremos bons o bastante para quem está ao nosso redor? Seremos fadados a sorrisos falsos, palavras hipócritas e olhares inquisidores mesmo quando damos o melhor de nós mesmos? Será que nada mudará em nossas vidas?

24 julho, 2009

Incoerências II




Preste atenção a tudo o você faz; não permita ser enganado pelas suas ações, não deixe a vida te engolir por inteiro. Acorde bem cedo, alimente-se bem, aceite a condição de alguém (mais um, na realidade) que no final irá morrer também.
Acabe seus escritos, resolva as equações que estão por resolver, abrace pessoas que você nem conhece, ainda que te achem louco. A nossa loucura nada mais é que a incapacidade dos outros terem as mesmas atitudes que temos. Permita-se sorrir um pouco mais. Permita-se -realmente- viver a vida como deveria ser nos roteiros e nas convenções.


Ps.: Imagem http://i.olhares.com

22 julho, 2009

Incoerências




Num primeiro instante seu olhar entorpecido parecia ainda mais belo que de costume. Aqueles lábios rosados, vivos, suculentos em uma boca que balbuciava algumas sílabas disconexas... uma visão do paraíso. A pele macia, alva, seus pelos loiros ouriçados pela leve brisa que lambia seu corpo nú, meus olhos observando cada instante da agonia muda deste ser tão belo.
Aos poucos a razão veio e com ela, como se chegasse de carruagem, um medo quase mortal. Suas pupilas pareciam dois grandes buracos de perdição onde qualquer um poderia se perder sem querer se achar. Surgiu o primeiro berro seco que ecoou por todo cômodo, ricocheteando pelas paredes antes de adentrar em minh'alma.
As palavras ásperas me excitavam a cada instante mais e mais. As perguntas sobre o motivo daquilo tudo eram muitas, e por assim serem soavam repetitivas, desnecessárias, inoportunas. Os pedidos de anistia surgiam de igual maneira e, se não me falha a memória, percebí uma gota lacrimal escorrer em seu belo rosto de porcelana chinesa quando seus olhos fitaram o reflexo da minha faca em suas pernas. Eu apenas sorri.
Me aproximei daquela obra magnífica de um deus que a tudo vê e acariciei seus cabelos lisos com a ternura de uma mãe que consola seu filho que perdera seu barquinho de papel na enchurrada. Lábios finos se tocavam em movimentos frenéticos; medo, frio, desespero. Alcancei seus seios, nem pequenos nem grandes, nem moles nem duros, jovens. Ergui meu punhal e iniciei alguns riscos pelos seus braços, enquanto a ouvia berrar desesperadamente. As linhas díspares tingiam a sedosa pele com uma cor escarlate, um vermelho cor-de-vida! Vida que começa a acenar para nós dizendo adeus desde o primeiro momento em que dizemos nada além de choros convulsivos, presos por um cordão imundo a outro ser que, pela regra, tem nosso domínio. Pressionei o punhal com maior precisão e encontrei um material rígido meio acinzentado, banhado em líquido quente e espesso. Pensei que ficaria surdo pois minha querida linda quase ficava afônica devido aos seus gritos desesperados.
Tracei uma linha reta em conformidade com a linha do seu umbigp e enfiei minha arma. O sangue escorria como catarata daquele enorme ferimento então beijei-a como jamais beijara alguém ou algo em minha pobre existência. O doce-amargo do sangue em sua boca e a sensação única das lágrimas a enxarcar seu rosto era explendoroso. Neste momento minha querida dava sinais de fraqueza e por alguns instantes eu perdí sua pulsação e a respiração que antes era ofegante, desritimada, era então inexistente. Abracei seu corpo ainda quente, embora imóvel, inanimado, e chorei. Limpei com a língua os vestigios de sangue residentes em seu rosto, deixando-a com a mesma beleza de quando a encontrei pela primeira vez, no colégio primário, onde costumávamos brincar de pega-pega todos os dias. Então olhei para ela uma última vez mais e parti.


*Imagem retirada do link http://jaeh.wordpress.com/2007/05/20/como-design-tudo-fica-mais-divertido/

29 junho, 2009

Moments

Relatos & Tempos que se passam

Um homem murado dentro de mim mesmo, repleto de regiões de solidão. Inacessível aos olhos de todos, incompreensível à própria percepção e entendimento. Buscando abraçar o mundo sem lembrar, reparem só, de sorrir para mim no espelho. Enclausurado pelos desejos de seguir adiante, reencontrar os destinos naturais de um ser que é imortal enquanto se julga forte. Padeço de um mal maior, sofro de dores que não sangram; morro quando deveria lutar para viver.Fechado nesta penumbra jamais expandirei meus horizontes, jamais alcançarei o topo da escada enquanto prosseguirem a puxar meus pés, derrubando não apenas meu corpo, mas tudo o que sou. Essa solidão é um revólver que porá fim à minha vida sem precisar d’outras mãos para dispará-lo.

Tempos que se passam, momentos perdidos,
diários rabiscados, vozes que não calam,
lembranças insuportavelmente inesquecíveis.
Fragmentos de uma história retorcidos.

Vontade de voltar, seguir as próprias pegadas deixadas no caminho. Reescolher caminhos.
Silenciar mudas paredes de concreto que não choram a perda de tesouros inestimavelmente sagrados, redescobrir vales ensolarados no entardecer. Despir trajes de guerra, despir trajes da morte.
Solidão de algodão, móveis rústicos de hipocrisia, alarmes falsos e insuportáveis, discrepâncias absolutas no abstrato coletivo. Viver ou morrer? Miver ou vorrer? Difícil escolher.

Café amargo, trago de cigarro, olhares vazios ao redor. O mundo é uma caixa repleta de frustrações. Cada um de nós, uma galáxia.


28 abril, 2009

Sem vaselina!




Gooooooooolllllllllll..... é do Ronaaaaaaalllddoooooooooooo!!!!!
Fenômeno que é, não pára de fazer gols pelo aclamado e amado Corinthians. Exemplo de garra e amor pelo que faz -e faz muito bem!, Ronaldo mostra mais uma vez para todos que está em mais uma subida meteórica na sua carreira. Gols, dribles desconcertantes, alegria em campo.
Era deste futebol bonito que o Brasil carecia. Parabéns, Ronaldo.

*O título deste postfaz referência à tablóides esportivos argentinos, e sua denominação da vitória do Corinthians com 2 gols de Ronaldo, no último domingo, dia 26.

**Depois de 3 meses sem nenhum post, tanto tempo mais sem nada novo de minha autoria, não poderia deixar de recomeçar em grande estilo. Em estilo fenomenal!

26 janeiro, 2009

Diga 'sim' para o Brasil... Como?



Bom dia, amiguinhos.
Depois de séculos e séculos (é que estou trabalhando pra caramba... saio cedo, chego tarde!) atualizo este blog com meus pensamentos.
Hoje, enquanto vinha para meu serviço no coletivo, vim o trajeto todo ouvindo um´estilo de música que, sinceramente e me perdoem os que gostam, desaprovo e desgosto: o forró.
For all
For all
For all
Não é o fato da musicalidade -apenas- que me desagrada neste estilo musical, mas também as letras. O que é aquilo?!!?!? O que é isso!?!?!?! Um apelo absurdamente desnecessário ao ato sexual, aos valores deturpados... Não fosse só isso, ainda temos que aturar os 'funks' com sua falta de vergonha (e roupa...) e excesso de frutas (melancia, jaca, melão, morango...). Tudo pra se ganhar dinheiro, conseguir seus 15 minutinhos de fama e só. Acabou.
Não, não acabou não!!! A herança cultural são nossos jovens que, ainda criancinhas, saem dançando estas idiotices como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Diga 'sim' para o Brasil. Como?!?!?!

"Meu pintinho amarelinho, cabe aqui na minha mão..."

Aí me acusam de quadrado, por ouvir musicas da década de 50, 60, 70, 80. Vou me render ao 'sistema'? Nunca!


Como já dizia Renato Russo, "... que se faça o sacrifício e cresçam logo as crianças."

13 janeiro, 2009

My mother is down!




Hospitalizada desde o último sábado, ela não suportou os quase 30 anos de tabaco e álcool e sucumbiu a um infarto agudo do miocárdio pela manhã de ontem, dia 12. Deixa 5 filhos do 2º casamento órfãos, uma vez que o pai dos pequenos falecera ano passado. Apenas um é maior.


Esteja em paz.

29 dezembro, 2008

Bohemian Rhapsody (Freddie Mercury)




Isso é a vida real?
Isso é só fantasia?
Pego num desmoronamento
Sem poder escapar da realidade
Abra seus olhos
Olhe para o céu e veja
Eu sou apenas um pobre menino,
Eu não preciso de nenhuma compaixão
Porque eu venho fácil, fácil vou
E possuo altos e baixos
De qualquer jeito que o vento soprar,
Isso realmente não importa pra mim, pra mim

Mamãe, acabei de matar um homem
Coloquei uma arma em sua cabeça
Puxei o gatilho, agora ele está morto
Mamãe, a vida acabou de começar
Mas agora eu vou ter que jogar tudo fora
Mamãe, ooo
Não foi minha intenção te fazer chorar
Se eu não estiver de volta a esta hora amanhã
Continue, continue,
Como se nada realmente importasse

Tarde demais, chegou minha hora
Sinto arrepios em minha espinha
Meu corpo está doendo toda hora
Adeus a todos - eu agora tenho que partir
Tenho que deixar todos vocês para trás
E encarar a verdade
Mamma, ooo - (de qualquer maneira o vento sopra)
Eu não quero morrer
Às vezes eu desejo nunca ter nascido

Eu vi uma pequena silhueta de um homem
Palhaço, palhaço você fará o fandango
Trovões e relâmpagos - me assustam muito
Gallileo, Gallileo,
Gallileo, Gallileo,
Gallileo Figaro - magnífico;

Mas eu sou apenas um pobre menino e ninguém me ama
Ele é só um pobre menino de uma pobre família
Poupe sua vida desta monstruosidade
O que vem fácil, vai fácil - você vão me deixar ir?
Em nome de Deus! Não - nós não o deixaremos ir –
Deixe-o ir
Em nome de Deus! Nós não o deixaremos ir - deixe-o ir
Em nome de Deus! Nós não o deixaremos ir - deixe-me ir
Não o deixe ir - deixe-me ir (nunca)
Nunca deixe-o em vão - deixe-me ir
Nunca deixe-me em vão – ooo
Não, não, não, não, não, não, não –
Oh mamma mia, mamma mia, mamma mia deixe-me ir
Belzebu, tem um diabo reservado pra mim
pra mim?
pra mim?

Então você acha
Que pode me parar e cuspir em meus olhos?
Então você acha que pode me amar
E me deixar morrer?
Oh baby - não pode fazer pra mim, baby
Apenas saia –
Apenas saia logo daqui!

Ooh yeah, ooh yeah
Nada realmente importa
Qualquer um pode ver
Nada realmente importa
Nada realmente importa pra mim

E de qualquer forma o vento sopra...



22 dezembro, 2008

Então, é Natal...


Comer peru, beber 'champanhe' (puts...), aguentar parentes chatos que não se vê há décadas, vizinhos insuportáveis com um estonteante sorriso nos lábios, propagandas do tipo 'eu não perco venda!'...
Então, é natal...
Sorte do orkut: Se você comer muito no Natal vai acabar passando mal!!
O importante é que o ano novo vem aí; cheio de repletas possibilidades de ser feliz. Eba!
(momento lunático)
E o salário, óó...

Abraços

26 outubro, 2008

Informalidades

Acordamos pela manhã mas, alguém sabe por qual motivo estamos em pé? Qual será nossa outra parte prometida, quais serão os momentos alegres e até duradouros? Quem nos machucará com palavras ásperas ao entardecer? Tantas promessas, tantos beijos em vão, tantas pessoas a caminhar sem saber ao certo para onde vão.

Mas há um Deus superior a tudo isso; um Deus de amor incondicional que a tudo vê, a tudo provê seu carinho celestial. E há fome, há tragédias nucleares, há abismos e correntezas de sangue a correr sob o leito do ódio e da desigualdade.

Nos deitamos a noite sem olhar para trás, sem agradecer pelas conquistas, sem agradecer ao próximo pela mão estendida no momento difícil. Sem agradecer por passar quase ileso a mais um dia de solidão mórbida. Queremos repousar a cabeça e fechar os olhos com a certeza do que é certo; apenas conseguimos pesadelos.

Abra seu coração, alerte seus olhos. O fim ainda demorará, caminhe um pouco mais.

15 outubro, 2008

Friends will be friends...

Friends will be friends
Another red letter day,
So the pound has dropped and the children are creating,
The other half run away,
Taking all the cash and leaving you with the lumber,
Got a pain in the chest,
Doctors on strike what you need is a rest.
It's not easy love, but you've got friends you can trust,
Friends will be friends...

17 setembro, 2008

I want to break free

I want to break free
I want to break free
I want to break free from your lies
You're so self satisfied
I don't need you
I've got to break free
God knows, God knows
I want to break free
I've fallen in love
I've fallen in love for the first time
And this time I know it's for real
I've fallen in love, yeah
God knows, God knows
I've fallen in love
It's strange but it's true
Hey, I can't get over the way you love me
like you do
But I have to be sure
When I walk out that door
Oh how I want to be free, baby
Oh how I want to be free
Oh how I want to break free
But life still goes on
I can't get used to living without, Living without
Living without you by my side
I don't want to live alone, hey
God knows, got to make it on my own
So baby can't you seeI've got to break free
I've got to break freeI want to break free, yeah
I want, I want, I want, I want to break free
Ooh yeah
I want to break - yeah yeah

06 setembro, 2008

Tudo se move, tudo dá voltas




Abandone a luta, jogue a toalha e admita: você não ganhará de forma alguma.

Não levante a cabeça; o sol não mais raiará perfeito e imponente num longínquo horizonte tortuoso. Esqueça as batalhas vencidas, deixe o saudosismo para lá e admita: você não ganhará de forma alguma.

Esqueça das palavras amigas, esqueça também dos 'amigos', deixe que na pantomima os fatos irreveláveis - irreleváveis se escondam. As janelas se fecham na escuridão e você grita numa reverberação muda enquanto tudo se move, tudo dá voltas.

Deixe para lá, as águas jamais mudarão seu curso e o vento já não bate mais. A chuva cai fina, mas já não importa. Não neste momento.

Abandone a luta, deixe o saudosismo para lá e admita: tudo se move, tudo dá voltas.

09 agosto, 2008

The show must go on!


"I have to find the will to carry on..."

01 agosto, 2008

Good bye blue sky, good bye




"...não deixe certas coias apagarem do seu coração a esperança de que algum dia pode mudar, pode melhorar..."


Agradeço o carinho, mas meu anjo, sinceramente não creio em mudança alguma (para melhor). As pessoas estão se destruindo, destruindo os outros, destruindo tudo! Ninguém para pra pensar na gravidade dos seus atos, ninguém para para refletir se o amanhã pode ser melhor; todos dizem "um dia tudo muda" mas não fazem nada para isso acontecer!!

Fica difícil acordar todos os dias sabendo que há séculos um bando de inúteis se arrasta sobre um chão imundo, discutindo coisas banais, não discutindo nada. Não têm nada novo, é tudo velho, acabado, idéias retrógradas, atos trôpegos. Onde está a juventude que mudaria isso tudo? Onde está o poder nas mãos dos jovens? Parece que todos ficam apenas babando em frente a TV para ver se a Mariazinha vai mostrar a bunda na novela, ou hipnotizados ouvindo Fresno, Nxzero e afins. Tati quebra barraco e seu fogão, olimpíadas, copa do mundo... Um bando de inúteis construindo troféis inúteis para outros inúteis como se fossem reis supremos de algo.

Leiam, trabalhem, estudem a história e continuem escrevendo a história com trechos mais louváveis para, daqui há 30, 50, 100 anos as pessoas leiam coisas boas, e não apenas tragédias.

Estamos matando o mundo, matando nós mesmos.


29 julho, 2008

Berros no ventilador



Fica difícil acreditar em coisas boas na nossa atual situação. Não é que as coisas mudaram completamente e precisamos nos adequar aos novos parâmetros impostos por pessoas que tentam ficar à margem destes parâmetros; mas que na hipocrisia se mostram com capa branca de cetim e pétalas vermelhas nas mãos.
O pior de tudo isso, se é que dá pra enumerar algo em ordem neste catálogo de impossibilidades e limitações, é que minhas costas não param de doer. E eu fico aqui, com uma cara linda de quem está achando tudo uma maravilha mas não tá; de quem acha que o vento sopra pra direita pelo fato dele não ter que soprar pra esquerda. Entendem? Sinceramente eu preciso de uma morfina com urgência.
As pessoas estão mentindo mais, as coisas que antes eram de um jeito agora estão completamente diferentes, o consumismo cresce desordenadamente ao passo que todo mundo diz que não tem poder aquisitivo. É tudo uma farça. Pessoas se abraçam, juram amor eterno e na noite que se sucede ao casamento estão dormindo com o vizinho, a vizinha. Não existem valores morais, valores éticos, nesta sociedade atual.
Aí fica um bando de gente lendo meu blog achando a coisa mais linda do mundo, ou então ficam alguns idiotas mandando "aumente seu pênis"... "emagreça com saúde"... e não param para pensar em suas vidas, em quê irão fazer para salvar suas vidas.
E minhas costas me matando, já não fosse a sinusite.



16 julho, 2008

21 anos de um primata


Sexta-feira, dia 18, completo 21 anos. Como é de se esperar de um canceriano melancólico e besta, não sou adepto de festas nem nada. Para mim é um dia comum, sem algo de especial, sem bolos, presentes, alegria e festividades. Só pelo fato de uma pessoa estar acrescentando em sua bagagem um ano a mais de vida é preciso fazer festa? Creio que não.
Mas não vamos nos ater a estes fatos, pois sei que aparecerá alguém dizendo "...é conversa, ele diz isso só pra que os outros fiquem com peninha e façam uma festinha...".
21 anos, muitas histórias, alguns acertos, alguns erros, muitas feridas. Em mim e nos outros. Não estou realmente contente em fazer 21 anos e ter quase nenhuma perspectiva para o futuro. Morro um pouco mais a cada dia e não é absurdo julgar que dentro de uns 10, 20 anos eu já nem esteja mais por aqui para vos falar neste blog. Sou muito desleixado comigo mesmo, desde quando era ainda um "menininho de calças curtas". Não vejo importância em cuidar da aparência, tem dias que acordo inimigo do mundo. Meus dias são tão um lixo que sinceramente já quis inúmeras vezes dormir e não acordar mais.
Acho que não se pode querer muito mais da vida, embora muitos me digam que sou um vencedor por tudo que passei desde revirar lixeiras para obter alimento até onde estou hoje, que sou um poeta romântico apaixonado pela vida só porque escrevo meia-dúzia de bobagens bonitas e gosto de música erudita. Parece besteira, parece coisa adolescente, parece mentira mas há muito tenho estado cansado. Há muito tenho acordado, olhado para os lados e pensado "que merda, mais um dia". Há muito vejo pessoas na mesma situação que eu vencendo na vida, me fazendo me senir um lixo maior ainda. Há muito percebo nos olhos das pessoas um cansaço esquisito, uma dor que contrasta com os largos sorrisos que tentam esconder um desconforto maior por dentro. Há muito olho no espelho e não enxergo nada.
Não, não sou otimista, não sou favorável às coisas boas da vida. Elas já passam a metros de distância de mim.
Parabéns pra você, e não pra mim, por se dispôr a ler estas baboseiras infames.

"Não é melancolia, é que aqui não é a dança da garrafinha, são dois extremos... nós somos alegres mas nós não somos felizes, existe toda uma melancolia e uma saudade portuguesa, que a gente herdou dos portugueses, que a gente nem começou a resolver..."

"O Brasil é uma República Federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus."

11 julho, 2008

Brincadeiras do Microsoft Word

Funciona até o Word 2003, não sei no 2007

CASO 1

Faça o seguinte:

1. Escreva no 'Word' em letras maiúsculas: Q33 NY (referente a quadra 33 de Nova Iorque, que é onde estavam as torres gemeas do dia 11 de Setembro 2001).

2. Selecionem e aumentem o tamanho da letra para 72.

3. Selecionem e mudem o tipo de letra para Wingdings.

Veja o resultado.

CASO 2

1. Abra o Word

2. Escreva: =rand(200,99)

3. Tecle enter e espere 3 segundos.

O que acontece???

07 julho, 2008

Je n'aurais pas



Eu não teria palavras para descrever o que sinto por você. Me faltariam versos românticos ao tentar descrevê-la, doce anjo que habita em meu peito. Eu posso não conseguir demonstrar meus sentimentos tanto quanto lhe és merecido, mas eles existem e não há outro sorriso que os faça serem divisíveis, tampouco outros oferecidos olhares e cantadas têm o mesmo tom colorido que a sua presença, sempre fiel e amiga.
Eu não teria meios de dizer ao mundo o quanto lhe estimo como gente que és, mesmo assim sentiria a leve brisa de fim de tarde acariciar meus cabelos, lamber meu rosto pálido, enquanto sinto o mel do gostar que sinto por ti, minha mais bela namorada. Não teria eu também meios de imortalizar sua passagem pelo mundo, mas poderia implorar para as águas levarem a todos os lugares do mundo o resplendor da sua beleza que traria vida imortal a toda e qualquer natureza.
Eu não teria meios, contudo, obteria qualquer fim para tê-la sempre comigo. Adoro você, meu anjo lindo.

28 junho, 2008

Toda rosa possui espinhos



É incrível como as pessoas pensam que, só pelo fato delas terem problemas em suas vidas, os problemas dos outros são ínfimos. Me agride tremendamente ser acusado de algo que, de fato, não cometi e, da mesma forma me sinto, quando pessoas acusam, ferem, têm lapsos egoístas e tempos depois, confrontadas com a realidade sórdida de suas palavras, colocam-se tais quais um cachorro moribundo, acuado, soltando sempre o mesmo latido dissonante "mas eu não disse isso".
Sejamos homens e mulheres de arcar com as flechas lançadas! Sejamos maduros o suficiente para entender que nesta vastidão de pensamentos existem outras pessoas que pensam, magoam-se e também possuem sentimentos. Há pessoas que colocam seus sentimentos num pedestal e usam da sórdida bandeira do "eu tenho sentimentos, sabia?", como se mais ninguém os tivesse.
Entristece, e sei que meu tom de voz não é o mais brando possível quando meu estopim já inexiste mas não é pra menos. Não suporto alfinetadas "eu não preciso disso... não dou alfinetadas em ninguém!" nem egocentrismos.


Ps.: Este post não tem relação alguma com meu namoro, que no momento é meu pefeito paraíso.

12 junho, 2008

Dia dos namorados


Cuando me enamoro

Doy toda me vida

A quién se enamora de mi

Y no existe nadie

Que pueda alejarme

De lo que yo siento por ti

Dicen que no saber

Buscarte flores

Que no podré ofrecerte

Ningún regalo

Dicen que yo he sufrido

De mal de amores

Y que mi corazón

No se ha curado

La mia ragazza sa che non è vero

La mia ragazza sa che quando

Quando m’innamoro

Io do tutto il bene

A chi è immamorato di me

E non c’è nessuno

Che mi può cambiare

Che mi può staccare da lei

Cuando me enamoro

Doy toda me vida

A quién se enamora de mi

Y no existe nadie

Que pueda alejarme

De lo que yo siento por ti

A chi mi dice vivi

Un altro giorno

Todos comprenderán

Que cuando

Cuando me enamoro

Doy toda me vida

A quién se enamora de mi

E non c’è nessuno

Che mi può cambiare

Che mi può staccare da lei

Quando m’innamoro

Io do tutto il bene

A chi è immamorato di me

Y no existe nadie

Que pueda alejarme

De lo que yo siento por ti
Para a mulher-menina que torna meus dias mais belos, "Cuando me enamoro" Andrea Bocelli


06 junho, 2008

Desemprego

Desemprego
Legião Urbana
Renato Russo
Não sei se tenho medo
Não sei se tenho medo
Só esse desespero
Esqueço quando bebo
E é mais um aumento
Não tenho mais dinheiro
Atraso o aluguel
Mau compro alimento
Não sei se tenho medo
Não sei se tenho medo
Trabalho o tempo inteiro
To procurando emprego
Quem vai ser despedido?
Quem vai dançar primeiro?
E o pouco que eu recebo
É uma metade pelo meio
Não sei se tenho medo
Não sei se tenho medo
Só esse desespero
Esqueço quando bebo
Quem vai ser despedido?
Quem vai dançar primeiro?
E o pouco que eu recebo
É uma metade pelo meio
Não sei se tenho medo
Não sei se tenho medo...

29 maio, 2008

Excel, programação em C... aqui vou eu.

=se(e(a2>=10;b2>=10);"Maior que DEZ";"Puts, nem dá...")

21 maio, 2008

Não queria acordar amanhã...

Caralho, sabe aquele dia em que você acorda, escova os dentes, toma um banho, fuma um cigarro e tudo então parece dar errado? Que desânimo da vida, que desânimo das coisas materiais, das coisas que me rodeiam e rodeiam você, caro leitor.
"Puts, esse Trovador só reclama, aqui e no orkut dele... atitude meio emo dele..."
Eu to me lixando pro que as pessoas pensam sobre meu blog, se ele é bonito, divertido, irritante, negativista... escrevo pra tentar segurar nas pedras e escalar este abismo, apenas isso. Se você acha que vai me fazer escrever sobre quantos travestis o jogador Ronaldo comeu ou falarei mais uma vez sobre o caso da menina que despencou de um edifício, quando escreve comentários de baixo calão me xingando, está enganado. Não sigo a maré.
"Mas que diaxo, parece que esse cara é um africano aleijado, reclama tanto da vida.."
O que acontece é que não sento simplesmente numa cadeira dura em minha casa, acendo um cigarro e penso sobre "como minha vida é uma merda, mas nada posso fazer". Tento mudar caminhos, tento buscar novos hábitos, busco alternativas. Só que nada dá resultado, então escrevo aqui.
Que lixo, acho que se não tivesse tomado no meu há um tempo atrás hoje tentaria as mesmas besteiras que antes tentei. Não, não adianta escreverem "tadinho, qué um docinho, bebê?" ou "cresça, pare de se lamentar e vá a luta..." ou ainda, por fim, "você é forte, acredito em você!!"; tudo está uma merda e não queria acordar amanhã quando for dormir hoje.

09 maio, 2008

Homenagem a quem me faz bem.


Ela é linda.
Sim, e não bastasse isso (olha que pra alguns homens só isso já é o carro-chefe) ainda é meiga. Sim, e não bastasse isso ainda é carinhosa. Sim, e não bastasse isso ainda é inteligente (Óóóóhhh...). Sim, e não bastasse isso ainda é atenciosa. Sim, e não bastasse isso mora razoavelmente longe de mim (combustível pra saudade). Sim, e não bastasse isso ela gosta de gatos, os ama! Sim, e não bastasse isso ela tem um beijo tão gostoso... Sim, e não bastasse isso penso nela o dia todo. Sim, e não bastasse isso desejo tudo de bom que possa existir no mundo pra ela. Sim, e não bastasse isso ela não é simples devaneio de escritor (escrotor?), ela existe! Sim, e não bastasse isso ela NÃO é SUA namorada, mas minha.
Ela é linda.

Feijoada no almoço!










Vamos nos acomodar? Seguiremos a vida toda crendo em novelinhas da rede Globo? Até onde chega nossa passividade (e digo nossa por me incluir nessa joça toda!), descuido e desprezo com os valores?
(poh, traiu o movimento, véio...)
Apressados a galopar pelas ruas, sossegados a babar diante do cartaz da Juliana Maes (dia das maes??) no buteco, masturbações em banheiros públicos, papéis de bala no sinal fechado. Sinal fechado, carros a voar.
Vamos acordar? Levantaremos nossa auto (móvel?) estima ao esconderijo do autíssimo (que deve ser pedófilo pois, veja você, é dos pequeninos o reino dos céus...) e então, sem aviso-prévio, memorandos, circulares, malotes, despencaremos de fuça na realidade, no inconsçsiente coletivo?
Crianças arremessadas como pesos em olimpíadas, revolta, dor e conflito no local da atrocidade e, enquanto isso, nossos eleitos deitam e rolam (em suas mansões, pois não vão sequer trabalhar) sob a impunidade e o comodismo das pessoas que realmente deveriam se importar com questões realmente importantes. Deixem a família sofrer sozinha, a pirotecnia (termo brilhantemente empregado pelo digníssimo presidente Lula) só traz mais dor. Montem piquetes no congresso.
(Têm do preto e do branco!!)
Vamos apenas escrever em blogs sem, ao menos, nos acordar? O sono vai além do abrir e fechar dos olhos no quarto.


17 abril, 2008

Desconhecido fogo



Em um início de noite, Renato está em sua casa ouvindo música quando, de súbito, seu celular toca. É Sâmara, uma amiga que há dias não via. A voz no telefone sugeria um pouco de solidão, um timbre feminino pedindo para que o rapaz fosse com ela até um fast-food na intenção de conversarem, enquanto degustavam alguma das delícias do restaurante caro. Após alguns minutos de conversa breve, Renato vestiu-se depressa -mantinha o hábito de prostrar-se nu em sua casa- e saiu ao encontro da moça.
Encontraram-se poucos instantes depois, e colocaram-se em caminhada ao fast-food. No meio do caminho Sâmara dizia seus problemas, suas frustrações amorosas e lembrava com intenção desconhecida, embora estranha, da vez que 'ficara' com Renato, meses atrás. Continuaram caminhando. Indo de encontro com o desejo da moça, Renato sacou de seu bolso um cigarro e fez o ar tomar um tom acinzentado, com o típico odor dos componentes do tabaco. Sâmara protestou, mas em vão. Tomaram o outro lado da rua quando estavam se aproximando do restaurante, enquanto Renato alternava as palavras com as tragadas do cigarro.
Logo mais, passaram diante de um ponto-de-ônibus e uma jovem desconhecida abordou Renato. Perguntando-lhe se tinha fogo, invadiu o mundo acinzentado do rapaz apressado que passava pelo local. Cordialmente ele respondeu que sim e emprestou o isqueiro. A jovem moça agradeceu e permaneceu sentada, inerte, fumando seu cigarro com um prazer incomum. Renato olhou para trás enquanto se distanciava daquela desconhecida que, por algum motivo, mexera com ele. Mais alguns metros, chegaram ao destino.
Seu nome é Bruna, e está há horas aguardando o ônibus para voltar embora. A distância de onde está e sua casa lhe permitem caminhar, voltar embora sem o transporte coletivo, mas, por cansaço, capricho, segurança, prefere esperar o ônibus. Os carros passam, os ônibus passam, as pessoas passam; ela permanece. A agonia da demora e a falta de cigarro -sim, ela já havia fumado o último e estava, agora, sem cigarro, sem ponto de compra dado o horário, cansada- a deixam impaciente nervosa. Os minutos passam, e ela permanece...
Renato sai do fast-food morto de vontade de voltar embora. Sâmara alega que precisará esperar um ônibus para ir a casa de uma amiga, entregar-lhe um dinheiro; então caminham ao ponto-de-ônibus e aguardam o fatídico ônibus que demora, também, a passar. Bruna permanece sentada na parte de trás do ponto. Passados muitos minutos, alguns cigarros, muitas reprimendas de Sâmara ao Renato pela excessiva fumaça, enfim chega o ônibus da moça. Sâmara se despede e parte. Renato, bastante exausto, senta e percebe, de relance, que a desconhecida do fogo está ainda no ponto, agoniada, em pé quase que rezando para que seu ônibus chegue logo.
Bruna caminha na direção de Renato, como uma gata que chega sem ser notada e abocanha o novelo de lã. Antes pedira fogo, agora um cigarro. Renato, que a fitava a distância sem a moça saber, não nega o pedido, e, bem humorado, inicia uma conversa trivial, assuntos de praxe.
A conversa se desenvolve naturalmente como se ambos se conhecessem há muito; Renato tomando cuidado com suas palavras para não parecer um idiota - algo corriqueiro a ele-, Bruna prestando atenção neste rapaz também desconhecido e nos ônibus que passavam. Nenhum era o dela. Passados alguns instantes, um grupo de amigos de Bruna aparecem. Cumprimentam-se, cumprimentam Renato e, um deles, com a voz e feição engraçados, indaga se estavam namorando. Um perfeito embaraço se forma no grupo de jovens e Renato, sem poder escolher, sente seu pescoço e rosto arder, esquentar. Ficara vermelho com uma pergunta normal, embora bastante indiscreta.
A agitação chega e carrega o grupo de rapazes e moças que conversavam com Bruna, deixando Renato e ela a sós novamente. O papo estava gostoso, bastante descontraído e Renato, sempre tímido, contando os minutos para, enfim, fazer uma pergunta sutil, comum, normal: "Qual seu telefone?". Quando estava quase para perguntar, a moça levantou-se rapidamente e disse ser a sua condução, precisava ir embora. Despediram-se com um beijo no rosto e Bruna, com sua mochila, esperava os demais adentrarem no ônibus. Renato pensou em ir atrás, para conversarem um pouco mais, mas não foi. Algo o segurava. Permaneceu sentado, acendeu um cigarro, e pensou aquela desconhecida que, por algum motivo, mexera com ele naquela noite.