31 outubro, 2006

29 outubro, 2006

Se eu morresse amanhã?

Se eu morresse amanhã, teria tido -nestes quase 20 anos de vida- tempo suficiente para fazer o que quis? Será que já cruzei sem saber com o amor que a mim estava destinado ou, pior, magoei àquela pessoa a quem não deveria ter ferido? Teria eu tido tempo suficiente para viver, ver as inovações tecnologicas, as guerras matarem todas as nossas crianças inocentes?
Se ao adormecer minhas pálpebras jamais se abrissem novamente, o que teria deixado de bom no meu caminho? Talvez três livros não publicados, uma pessoa feliz. Vivemos sempre planejando o futuro, fazendo -tolamente- planos à longo prazo como se soubessemos em qual curva da vida nossa condução nos deixará, como se houvesse a certeza do amanhã, da próxima xícara de café, do último cigarro, do último carinhoso beijo naquela pessoa que infelismente não nos ama.
Se eu morresse amanhã certamente alguns poucos -porém, importantíssimos- chorariam copiosamente pela minha partida, outros tantos olhariam com desdém e a grande maioria continuaria com seus passos largos, suas pastas sob os braços, filhos nas escolas e amores escondidos nos fins de noite. Se eu morresse amanhã não teria tido tempo de arrumar meu quarto, de ler e responder meus e-mails, preparar calmamente e saborear com prazer uma dose de whisky, de ter a certeza de ser um ex-fumante e sentir orgulho disso, -porque o cigarro nada trás de bom às nossas vidas.
Se eu morresse amanhã, não sei. Não cabe a mim saber.

Eu sou...


Eu sou aquele que você, embora sem conhecer, não consegue esquecer... Eu estou sempre com você.
Você passa noites em claro imaginando o sabor dos meus beijos, a luz do meu olhar, a sedução do meu sorriso e quando, enfim, adormece, sente o calor dos meus braços. Então sente o amor em seu corpo...


Eu sou o lago cristalino dos seus sonhos, a brisa suave que sopra a chama, move grãos de areia no deserto, que beija sua pele macia; a macieira que lhe alimenta e o anjo que o cerca.

Estou sempre em tí, contigo. Sempre.

27 outubro, 2006

Pastor João e a Igreja Invisível

Composição: Raul Seixas e Marcelo Nova

Eu não sei se o céu ou o inferno
Qual dos dois você vai ter que encarar
E foi pra não lhe deixar no horror
Que eu vim para lhe acalmar
Se o pecado anda sempre ao seu lado
Se o demonio vive a lhe tentar
Chegou a luz no fim do seu tunel, minha filha
O meu cajado vai lhe purificar

Pois eu transformo água em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossivel
Pastor João e a igreja invisivel 2x

Pois eu transformo agua em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossivel
Pastor João e a igreja invisivel 2x

Para os pobres e deseperados
E todas as almas sem lar
Vendo barato a minha nova agua benta
Três prestações, qualquer um pode pagar
O sucesso da minha existencia
Esta ligada ao exercicio da fé
Pois se ela remove montanhas
Também tras grana e um monte de mulher.

Pois eu transformo agua em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossivel
Pastor João e a igreja invisivel 2x

Verdades...

"O maior erro você o comete quando, por medo de se enganar, erra deixando de se arriscar em seu caminho.

Não erra o homem que tenta diferentes caminhos para atingir suas metas. Erra aquele que, por medo de se enganar, não caminha.

Não erra o homem que procura a verdade e não a encontra; engana-se aquele que, por medo de errar, deixa de procurá-la."
René Trossero

26 outubro, 2006

Cuidado com a merda no ventilador...

Tenha sempre muito cuidado ao postar suas idéias em blogs, foruns, orkuts e similares... Suas idéias podem render processo ou, até mesmo, reclusão caso alguém se sinta muito ofendido.


CUIDADO COM O QUE ESCREVE NA INTERNET!!!

25 outubro, 2006

Momentos de reflexão



A chuva cai, da janela vejo as poças se formando no solo enquanto saboreio minha xícara de café, morrendo de vontade de fumar (mas não vou!!!!), lançando minha mente no espaço . Vejo pessoas com seus guarda-chuvas se apressando para chegar aos seus destinos: quem sabe um filho com fome, um marido fiel que tira o pó dos móveis e arruma a mesa; talvez uma novela das duas ou ainda o encanador que consertará um defeito que dura semanas. Cada um de nós tem sua vida, as formigas não tecem teias.
Faxineiras varrem a calçada, executivos olham para seus relógios, crianças brincam de pega, namorados se beijam apaixonados, eu busco respostas e o mundo não pára. O mundo continua girando, ele não pode parar porque você tem contas a pagar, porque eu tenho algo dentro de mim, nós fazemos o mundo girar. As minhas dores só afetam a mim mesmo, não é possível resgatar, depois, o que se conquistou com um sorriso, com doces palavras e depois,inescrupulosamente, se perdeu no infinito.
A chuva cai e eu imagino você ao meu lado, em silêncio -porque o silêncio também é uma forma de linguagem- , e agradeço a Deus por tê-la, ao menos, em pensamento. A chuva não consegue levar tudo embora...

Empty

Eu queria ser vazio, sem nada dentro. Queria poder acordar de manhã sem achar graça no canto dos pássaros na janela, perceber as crianças, apressadas, correndo para a escola e não sentir compaixão. Sentar no banco da praça, ver milhares de rostos passarem por mim sem dar importância a um sequer, sem desviar a atenção focada para um único olhar que cruzasse com o meu.

24 outubro, 2006

Clarisse - exatamente o que há.

Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém me entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarice sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarice está trancada em seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...

A Maçã

Se esse amor ficar entre nós dois

Vai ser tão pobre amor, vai se gastar

Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais.
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais.


Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar?
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar?


Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais...
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar!
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar.


Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais...
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar!
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar.

Escaladas


Estou escalando a mesma montanha que há tempos me derrubou, me feriu gravemente, me fez sentir a dor da queda depois de tão alto estar. Esta montanha é perigosa, ela nos seduz com sua beleza imponente, nos faz crer que nossas vidas serão melhores, nossas manhãs serão mais prazerosas, e então -por motivos que jamais poderemos compreender- ela nos suga as forças lentamente, mina nossa resistência, acaba com nossas expectativas, mata nosso espírito sem qualquer piedade. Então choramos, vemos que o longe de onde viemos será, novamente, nossa moradia, e despencamos vendo toda a beleza se desfazer e o medo nos envolve. Estamos caídos, sem forças para mais nada, entregues à própria sorte.
Mas estou aqui tentando novamente, sabendo que posso cair no processo, sabendo que as chances da vitória são, à cada instante, mais remotas que outrora. De momento estou contente, mas não sei até quando isso irá durar.

Crenças e poesias.

Não sei mais em quê acreditar; não sei se continuo caminhando, buscando o tesouro milenar escondido, com todo meu cansaço, ou se desisto também deste sonho. Sonhar todos sonham, alcansar este sonho e acariciá-lo com as duas mãos, poucos. Às vezes um sorriso nos mata a alma, nos joga em um precipício profundo, nos faz sentir o amargo doce do sangue.
Não sei, não sei. Quem sabe o tempo me dirá.

22 outubro, 2006

Ponto final


Em uma cidadezinha ao sul da Espanha à trabalho, buscando inspiração para meus romances, cansado das mesmas obras de Picasso nas paredes resolví dar um passeio na bucólica cidadezinha onde o principal divertimento era assistir às touradas que há muito alegravam gerações. O sofrimento dos animais aqui não pode ser maior que o espetáculo, que o brilho do toureiro. Alcansei minha capanga e saí...
Lembro da primeira vez que ví a beleza dos seus olhos. A garoa fina de julho caia e molhava seus lisos cabelos, desarrumados pelo vento de fim de tarde. Você estava sozinha, parecia triste; mas, ainda triste, sua beleza se destacava em meio à multidão. Meu coração se encheu de uma alegria inexplicável quando você olhou para mim e, meio tímida, sorriu. Decidido, mas com o olhar de uma criança fascinada pelo presente recebido, fui ao seu encontro, perguntei seu nome, me apresentei; sentados em um dos banquinhos da pequena e bela praça onde crianças brincávam, conversamos como amigos de infância, observando os pombos escolhendo suas migalhas.
A brisa que antes tão agradável era, agora começava congelava. As horas passaram e nós continuávamos sentados no mesmo banco, de fente para uma igreja construída pelos fundadores do vilarejo, da pequenina cidade acolhedora como uma mãe de braços abertos. A convidei para ir a uma cantina à alguns passos dalí, para tomarmos um legítimo vinho espanhol. Seu cachecol amparava os frios ventos que vinham em nossa direção e depois de alguns passos chegamos a um barzinho, o único das proximidades. A noite já se mostrava presente e vestí minha capanga, antes de pedir um vinho e sentarmos para conversar mais. As palavras saíam com certa dificuldade, não sei se pelo frio ou pela magia do seu olhar, que me hipnotizava, me transportava para um mundo onde tudo era perfeito, e só havía nós dois, mais nada. Eu escritor, você, uma bela repórter que estava na Espanha a trabalho, cobrindo algumas investigações sobre o sumiço de uma tela de Picasso, importante pintor espanhol nascido na cidade de Andaluzia, o maior mestre das pinturas do século XX.
'Os investigadores descobrirão onde está esta tela'- dizia, toda empolgada por estar no meio das investigações, ser amiga de um dos investigadores chefes e ter flashs e entrevistas com exclusividade, entregadas fresquinhas para a redação da revista onde trabalhava. 'E quando o caso for solucionado, quero tirar umas férias, estou exausta.'
'Posso lhe levar comigo para o Brasil'-falei-'para conhecer as belezas tropicais que lá existem'. você sorriu. O vinho ajudava na articulação das palavras, e pedimos mais uma garrafa, a nossa já tinha se esgotado entre palavras e sorrisos. Os vinhos da Espanha são realmente os melhores.
Conversamos sobre trabalho, signo, músicas, descobrimos muitos pontos em comum, gostamos um do outro. Talvez efeito do vinho, talvez o ar romântico do bar, mas, meio sem jeito, sentí seus lábios tocarem os meus pela primeira vez. O tempo parou, sentí algo engraçado em meu corpo, meu coração bateu mais forte; o mundo parecia parar para ver nós dois alí, em uma cidadezinha calma e aconchegante da espanha, saboreando o melhor vinho do mundo, sentindo o amor se aproximando de mansinho, tal qual um gato que espreita o novelo de lã sobre o sofá.
Cogitei pedir mais uma garrafa, mas desistí. A convidei para o hotel onde estava hospedado, e você aceitou; então agradecemos ao gentil senhor dono do bar e saímos. Agora, como um cobertor, as estrelas cobriam o limpo céu ainda com tons azulados, proporcionando uma beleza sem limites. O vento continuava impiedoso, gelado, me lembrando a região sul e sudeste do meu querido Brasil. A abracei e enfrentamos o vento, o hotel era logo alí perto, quase ao lado da praça onde conhecí um anjo, conhecí você.
Chegamos, cumprimentamos o jovem rapaz que anotava os nomes dos hóspedes, e dava informações turísticas sobre o local, e fomos para o quarto. Mesmo que dentro do hotel ainda estivesse quentinho, continuei abraçado com você, seu calor era melhor que milhões de sois juntos. Você entrou, sentou e encontrou um de meus últimos livros escritos no Brasil, que ainda não tinha sido lançado, faltava seu ponto final. Prometí presentear-lhe com aquele exemplar autografado, depois da conclusão da obra que agora você lia, em primeira mão, o prólogo. Coloquei um disco, e relaxei enquanto a via concentrada em minhas palavras grafadas no papél. Por instantes você ria com algumas aluzões que costumo fazer em meus livros, em alfinetadas que dou em nomes grandes da sociedade ou simplesmente por achar divertido algum parágrafo das minhas histórias.
Depois de algumas páginas lidas, olhou para mim em silêncio e sorriu. Levantou-se, pousou o livro sobre a estante e veio em minha direção, com seu casaco marrom e botas de igual cor. Sentado na cama, apreciei sua beleza se aproximar de meus olhos, de minhas mãos, de minha mente. "As maiores loucuras da nossa vida, são cometidas silenciosamente dentro de nossa cabeça..." Sentando-se ao meu lado, olhou em meus olhos e me beijou, com um beijo que jamais tinha provado igual no alto dos meus 35 anos de idade. Você se deitou na cama e desabotoou o casaco. Beijei seu rosto, acariciei seu pescoço, nos amamos a noite toda ouvindo meu disco e o barulho da fina chuva que caia lá fora. Sua silhueta à meia-luz era a escultura mais bela que meus olhos já viram em toda a vida; certamente Auguste Rodin não seria capaz de tratar em gesso tal beleza.
Na manhã do dia seguinte, acordei com a claridade da janela em meu rosto, denunciando a falta de alguém ao meu lado. Sobre a cama, eu e um bilhete, escrito com a mesma caneta que escreveu o ponto final em muitos livros, em muitos esboços de projetos, em muitas vidas de personagens que, na irreal ficção, se beijam, se amam e vão embora no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido. As letras no pedaço de papel diziam que uma pessoa me amava, que esta mesma pessoa ficou fascinada por meu sorriso, por meus cabelos lisos e castanhos, mas que precisava partir, não podia se apaixonar mais uma vez. Não era correto, não para ela. Uma lágrima molhou o pequeno pedaço de papel que se perdeu em uma amarga manhã na Espanha. Acendí um cigarro e tentei entender o carvão disposto sobre a tela, formando linhas. Uma cópia perfeita de Picasso na parede.
O livro, agora com um ponto final e autografado, continuará em alguma estante, aguardando você voltar.

21 outubro, 2006

Estou doente...

Hoje depois de uma caminhadinha no parque de AC, passei mal em casa. Minha vista se enfraqueceu, minhas pernas negavam o apoio necessário para me manter de pé. Minha garganta secou e tive medo.
Estou de cama, quase sem conseguir me mecher; estou digitando isso, e avisei uma amiga querida, por metido... Não é pra me mecher! Não fui ao médico porque ele vai querer me deixar de molho com soro, e isso eu não quero mais pra mim.

Não deve ser nada grave, quem sabe amanhã eu esteja melhor. Não sei.

20 outubro, 2006

Arco-íris

Hoje, no caminho entre os afazeres diários e minha casa -sob uma forte chuva e um frio que congelava meus braços-, algo no céu me chamou a atenção, pela sua beleza, pela sua alegria: um arco-íris. As 7 cores presentes no espectro de Newton (lembra das suas aulas de física, meu amigo?), uma ao lado da outra, em perfeita harmonia. Sorrí e voltei ao meu caminho, em meio a multidão que buscava abrigo da chuva.
Depois, já quentinho em casa, lembrei do ocorrido com carinho e percebí mais uma vez que o ditado "Deus nos ensina pela linguagem dos sinais" é corretíssimo. Mesmo que as coisas estejam difíceis, os caminhos não sejam como esperávamos, ainda que tudo pareça escuro, úmido e frio; é preciso pensar positivo, buscar algo de bom no que é errado, permitir que o arco-íris possa aparecer. Os problemas da vida, as diferenças, o frio e a chuva acabam por passar, e o sol volta mais belo para encher de luz nossos caminhos.

É sexta-feira!!! É sexta-feira!!!

É dia de:

"sair com us miguxo
ir pro frevo fodaaa
bjaa muito aquele gahtinhuu
fik
dançah a minha musik
ir pra zoOooOona
tranzah com aquela gatinha duh frevo de ounte
pega todas/todos
puxah aquele bazeadinhuuh madeira (vc tem leda aí?)
bebee muito!
..."

"Que se faça o sacrifício, e cresçam logo as crianças..." - Renato Russo

19 outubro, 2006

"Não quero ir à igreja, mãe..."

ATENÇÃO:
Este post não tem por finalidade difamar a entidade da igreja católica, denegrir a imagem dos cristãos católicos ou que frequentam outras religiões. Respeito muito todas, em suas particularidades.

Quem aqui nunca disse esta frase? Seja pelo desenho animado na TV, aquele filme que raramente passa (e quando passa é lá pelas tantas da madruga, e sua mãe não deixa você assistir por causa da aula de manhã...), um amigo ou uma brincadeira nova, ou o simples fato de querer dormir mais um pouquinho.

"Ah mãããnheee... eu quero dormíí!!!"

Mas, será mesmo necessário se reunir com pessoas que você não conhece, que ficam reparando em suas roupas, seu penteado, sua mancha de creme dental na bochecha, para rezar (ou fazer de conta, e ficar reparando na bunda gostosa da menina 2 bancos à frente ou o tiozinho com o cabelo cheio de caspa logo mais ao seu lado?) um rito preparado que não permite sequer um sinal da cruz fora do script, fora do roteiro?? Não seria melhor ir ao banheiro, ao cantinho do muro lá no quintal, embaixo da cama, e conversar com Deus porque seu coração assim quer, e não um relógio que marca as 11 da manhã de domingo, uma folha cheia de palavras induzidas? O que é, realmente, conversar com Deus? Quando você conversa com seus pais e amigos, você leva uma folhinha quase decorada (pois não muda com o passar dos anos) e age como um robô?

É preciso reavaliar algumas coisas.

O rito católico é, no mínimo, cômico em algumas partes. A parte, que praticamente delimita o meio da missa, chamada de "Dar a paz de Cristo ao próximo" é estranha. Porque algumas pessoas simplesmente parecem ter medo de apertar a mão do colega que está ao seu lado? Sem contar que, com a "revolução" do padre Marcelo Rossi (o respeito pela sua demasiada fé em seu caminho!), ainda tem aquelas partes onde, embalados por um violão, órgão e/ou bateria desregulados, desafinados, despreparados, alguns erguem seus braços ao céu, outros cruzam os seus como se adorar a Deus fosse vergonhoso, impossível.

É preciso repensar, se vale mesmo ir a um espetáculo deste, ou conversar com seu Deus sozinho em seu lar, ou com sua família, em união.

Velho hábitos nunca mudam??

Mudar velhos hábitos nunca foi uma tarefa fácil para a humanidade, prova disso são os gauchos, que toda tarde sentam - se pra ver o por-do-sol (com beleza que só o sul tem) e tomar seu chimarrão, o simples fato de acordarmos e escovar os dentes logo em seguida é exemplo. Outro -embora péssimo- exemplo de hábito milenar é a politicagem barata, a corrupção e a falsidade na política mundial.
Pois bem, depois de muito refletir sobre inúmeros aspectos em minha vida, passando desde o bom dia ao boa noite e, invariávelmente, retornando ao bom dia, tomei conciência que meus velhos hábitos estão acabando por debilitar certos aspectos e funções da minha (nada mole?) vida, inclusive certos hábitos -e, principalmente, a falta de alguns- podem interromper minha saga antes do esperado. É sempre bom ter conciência destas coisas enquanto se é novo (bem, ainda estou na idade boa para correr riscos, quebrar a cara e me recompor), pois o tempo, invenção maquiavélica do homem, nos empurra para um abismo próximo cada vez mais, e mais, e mais.
As mudanças serão radicais em minha vida. Papel e caneta já me deram a base de uma rotina (vamos chamar de 'cronologia'... o termo ROTINA acabou por tornando-se desagradável) nova, com muitas modificações: incorporação de novas funcionalidades à minha vida, eliminação de tantas outras desnecessárias, maior serenidade para resolver assuntos pendentes. Verei se esta mudança resolverá alguns problemas que enfrento, e minimizarão futuros 'calos no sapato'...

Veremos...

A Dança

Envoltos pela penumbra do quarto, dois corpos iniciam o balé do amor, a mais bela dança existente no mundo. Os olhos se cruzam, hipnotizados, enquanto o aroma de rosas paira no ar. As mãos buscam algo vagarosamente no espaço, tateiam a sedosa pele branca agora arrepiada de desejo. Os lábios se colam em perfeita simetria, como se quisescem provar que a perfeição existe... palavras de carinho ganham vida nesta esfera mística, sagrada.
Corações batendo no mesmo compasso enquanto as mãos, ingênuas, exploram um território novo, desconhecido, abstrato. Alcansado o talo nú escondido, a descoberta de um paraíso, a carícia por amor, o doce sabor do pecado santo. A alva pele agora tão escura pela deficiência de luz faz a imaginação brotar, os pensamentos voam na velocidade da luz, a fenda magistral que à séculos era repugnada agora recebe estímulos, beijos, carícias, amor. A penúgem aveludada pôe-se de pé a cada investida, a cada respiração, a cada cruzar de olhares que, no seu silêncio, dizem mais que mil palavras.
Um respeito quase religioso é vivenciado pelos dançarinos, que agora são um só em meio a palavras misturadas, sem sentido, alteradas pela magia do amor. Corações batem acelerados sem cessar, enquanto uma discarga elétrica circunda o corpo unificado, fazendo jorrar o líquido do amor, o grito do prazer, o sorriso da felicidade. A dança, a união dos amantes.

Juntos, agora eles se abrassam felizes -pois entendem que esta maneira de provar o amor não é errada aos olhos Daquele que os criou-, mas sim um momento eterno.

18 outubro, 2006

Pra quem não conhece geada....

Pra quem é de Brasília, centro-oeste em geral e bandas mais de cima do Brasil, lhes apresento a autêntica e bela geada, que nada mais é que o congelamento do orvalho sobre as folhas, QUE NADA TEM A VER COM NEVE!!!
Aproveitem, vocês podem nunca mais ver isso novamente...



Viu só, NÃO é gelo!!!

Lenda Pessoal

Fazemos parte de uma engrenagem invisível que gira e move o mundo. Todos os dias somos testados, desafiados, e então todo o nosso equilíbrio parece ficar abalado. O vento sopra e as folhas se desprendem de seus galhos.
Os desafiantes provocam, lançam seus insultos, fazem de tudo para que percamos nossa razão e sensatez, partindo prematuramente para o ataque. A linha (como sempre diz uma grande amiga) entre a razão e a loucura é tênue, dar um passo em falso é muito fácil; ainda não estamos prontos para encontrar o fim do desfiladeiro.
Sentamos e meditamos, lembramos das palavras dos nossos amigos do passado -mas jamais deixamos que experiências alheias tomem a frente das nossas decisões, pois sabemos que cada um possui sua Lenda Pessoal- , oramos baixinho e pedimos a proteção Daquele que nos observa à distância. Este momento é único e especial, pois conversamos com nosso coração, pedimos conselhos, e ouvimos as respostas às dúvidas que tanto nos assolavam.
Quando estamos prontos, enfrentamos nossos desafios. Se ainda não estamos prontos, nos retiramos do combate, não é vergonhoso esperar o momento certo para agir.

Você se ama?

Eu me amo!

Vícios da vida


São inúmeros os vícios da nossa vida. Durante este curto espaço de tempo em que vivemos -aqui na Terra- somos puxados por uma mão gigante para os obscuros becos dos vícios, dos quais muitos algumas vezes não retornam jamais
Bebida, cigarro, maconha, jogos. Esta é apenas uma minúscula amostra do que está a nossa volta, do que suga nossas energias, do que acaba com nossa alma. Largar um vício é uma via-crucis, pois depois de adquirido, esta droga toma parte de nosso corpo, dos nossos sentimentos, do nosso cotidiano. Largar o cigarro não tem sido nada fácil neste um ano e meio que se passou.
São tantos os prazeres da vida (futebol, mulheres, homens, filmes, cinema, musica, canto...) que fica incoerente dizer que o seu vício é realmente necessário para um bem-estar (momentâneo?) e, depois de ter passado por tantas dificuldades (nenhuma maior que o desafio de, quando pequenos, dar os primeiros passos autônomamente), não é justo deixar a vida, a alegria, as amizades, os amores se perderem por causa de um vício, que corrompe a alma, destroi o corpo.
Com o tempo descobriremos a fantástica magia do mundo sem vícios, -ou morreremos sem entender o prazer da liberdade- , e, ao olhar para trás, perceberemos que então vivemos para nós, sem uma substância ou objeto que jamais lhe proporcionaria felicidade verdadeira. Pra ser sincero, felicidade nenhuma.
Já apaguei meu cigarro.

17 outubro, 2006

Se o mundo acabasse hoje...

"Se o mundo acabasse amanhã, ainda assim plantaria minha macieira" ; disse Luther King.
Se o mundo acabasse hoje, seria triste ter que aceitar a dor de jamais poder ver pessoas que amo com todas as minhas forças. Não seria fácil olhar para o relógio, ver seus ponteiros avançando frenéticamente para o abismo, para o fim da humanidade, para o triste fim de uma história que poderia ter final feliz. Mas o desfeixo dessa história não é escrita pelas nossas mãos.

Quando se é novo demais?


Quando se é novo demais?
Esta pergunta, tal qual está escrita neste monólogo, nos dá um leque aberto com inúmeras opções. Novo demais pra quê?
Pra ir à escola sozinho
Pra acender o fogão da cozinha
Pra atender o telefone
Pra tomar banho sozinho
Pra limpar-se só no banheiro
Ir à igreja
Tomar a palavra durante a refeição
Vestir paletó e gravata
Rabiscar seu nome no papel importante
Se apaixonar
Andar de bicicleta
Namorar
Ter Orkut
Andar pelado em casa
Morrer
Quando se é novo demais?

Nosso mundo digital

Hoje não chamamos nossos amigos para tomar um café em nossa casa, nossos parentes queridos há muito que não nos vizitam como antigamente. Nosso amor que distante está à serviço já não nos abraça mais, não sentimos mais seus doces beijos e suas palavras não se fazem mais ouvir com a brisa. Estamos todos em frente ao PC.
Trocar momentos queridos de proximidade por bits trafegando pelo ar, ou em cabos de altíssima velocidade, é uma constante em nossas vidas. Os messengers estão tomando o lugar do futebol de domingo, do chá das cinco, do jogo de truco com mesinha improvisada, e tudo isso parece ser tão normal... o resultado disso são famílias desestruturadas, pois -ninguém se conhece sob o mesmo teto- , amizades cegas, caminhos desvirtuados, solidão. Se a energia acaba, se o sistema não liga, se o passeio não inclui uma parada em um cyber café, vem a solidão. Vem a depressão.

Você já abraçou seu irmão hoje? Já disse à sua mãe que a ama muito? Já chamou seu pai para ler contigo um bom livro? Ainda joga futebol com seus amigos de infância?

O mundo digital está construindo uma barreira entre os primatas.

O diabo é o pai do rock!!!

O diabo é o pai do rock?? Seria o rock mais uma das criações do diabo para angariar milhares (na base do milhonésimo) de cultuadores?

o.O

Rock do Diabo

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho

Me dê um corpo vivo
Para eu encher minha pança
Três quilos de alcatra
Com muqueca de esperança
Diabo, o diabo usa capote
É rock é toque é funk
Diabo foi ele mesmo que
me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques
Existe dois diabos só que um
parou na pista um deles é do toque
O outro é aquele do exorcista diabo
Diabo foi ele mesmo que
me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques
Mamãe disse a Zequinha,
nunca pule aquele muro
Zequinha respondeu
Mamãe aqui tá mais escuro
Diabo, o diabo usa capote
O rock é toque é forte
Diabo foi ele mesmo que
me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques
O diabo é o pai do rock
O diabo é o pai do rock
Então é everybody rock
O diabo é o pai do rock

Primata novo na área

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Olá amigos, sou o mais novo primata na área, e este é o mais novo blogger de um primata, também na área.
Natural do Paraná, residindo em Brasília (lugar de macacos velhos...) estou notando a deficiência de comunicação dos primatas de cá. Pretendo descobrir o motivo de todos saltarem de galho em galho, se distanciando, ao ouvir um simples "bom dia", "olá".

Vamos nos comunicar, vamos dividir o mesmo metro quadrado sem ter medo de olhar nos olhos e dizer "olá".

Primatas em todo lugar.