21 novembro, 2006

A natureza




O céu agora tão azul, exibindo belos flocos brancos de algodão que deslizam na imensidão do infinito, não fazem mensão alguma a chuva, carrasca, que caiu agora à pouco. A chuva que molhou do menino a brincar de pega ao idoso solitário na janela, vendo as pessoas -e a vida- passarem.
Quem dera fossemos como este céu, como a mãe natureza, que tal qual uma criança que sorrí alegre após uma bronca, abre-se em tons azul celeste. Se pudéssemos ter esta calmaria, se para nós o sol pudesse nascer sempre logo após uma tempestade a vida seria tão mais bela: não haveriam tantos corpos inocentes ao chão, bombas não precisariam ser construídas para, da forma mais cruel existente, propagar o medo e o caos. Até mesmo as flores poderiam desabroxar mais vezes fora da primavera.
A natureza nos ensina a viver, nós matamos a natureza.
Nós morremos sem entender.

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