20 agosto, 2012

Em nós


Não se sabe ao certo o tempo que levará para a água fazer germinar uma semente no solo, sabe-se apenas que um dia ocorrerá. E quando ocorrer, a semente poderá ser árvore e dar frutos.
Nunca sabemos a importância real que temos para outras pessoas até que começamos a nos afastar delas, começamos a deixar de fazer parte destes mundos. As vezes nós, enquanto pessoas, não temos real importancia mas sim tem importancia aquilo tudo que doamos para as pessoas. O que importa em nós, para os outros, não é nós mesmos. Deixamos de ser úteis muito rapidamente nos dias de hoje...
Tudo que você ama,
tudo o que você é,
tudo que você quer,
tudo em que você tem fé.
Tudo que você toca,
tudo que você deseja,
tudo que ignora,
tudo que não é,
tudo aquilo, aquele,  aquém.
Tudo que te move,
tudo que te faz bater asas,
tudo que te diz algo,
tudo que te faz sorrir,
tudo que te leva ao inferno.
Tudo que promove a paz,
tudo que diz não saber,
tudo, tudo, tudo que você quer,
tudo em que você tem fé.
Tudo que comove multidões,
tudo que mata ou fere,
tudo que nos enfraquece,
tudo que enobrece,
tudo que te faz sorrir,
tudo que não é.
Tudo que está no lugar,
tudo que nunca está,
tudo pelo qual você sonhou,
tudo na sua vida.
Tudo está dentro de você.
Tudo existe por precisar existir. O sorriso que encanta, a lágrima que comove, a paz que enfraquece, o inferno que enobrece, multidões, quem te faz sorrir, a ferida, a morte, o desejo, o dormir. A distância, a dormência, a culpa, a falha, a sorte, a corte, a morte, a dádiva, a companhia, a fúria, a paz, a noite, o deixar, o cair. O aprender a sentir.





16 agosto, 2012

Névoa



Meus olhos entorpecidos fitam a mancha escura que tenta tomar toda dimensão d'água; tal qual névoa noturna esta mancha move-se lentamente, abraçando o espaço, parte de mim se desprendendo para sempre do meu ser. Olho para os lados, estou sozinho. Não há novidades nesta afirmação, estou envolto por um silêncio quase palpável.
A mancha cresce ao passo que meus sonhos se vão, sonhos que jamais poderia realizar. Sinto uma leve dormencia pelos meus braços que evolui para formigamento, parece que cem mil agulhas brincam covardemente de beijar meus membros superiores. Uma lágrima corre pelo meu rosto, denunciando a angústia -e até o medo- da hora de partir mas preciso ser forte, apesar do fato de que ninguém presenciará este momento e portanto não há motivos para conter as emoções.
O vermelho rubro é tão lindo... lembro-me dos lábios daquela que tanto amei, mas que preferiu a aventura e as desventuras de outros braços em detrimento a todo meu amor. Não há explicação para a traição quando se oferece o amor de bandeja, um sentimento tão puro e verdadeiro. A água já não possui suas caracteristicas naturais, possui agora um odor doce que adentra minhas narinas, envolve meus pensamentos, faz com que meus sentidos fiquem estranhamente aguçados.
Uma aura sepulcral paira ao meu redor, sinto uma coceira proximo aos olhos mas já não tenho forças em meus braços sequer para move-los para fora d'água e sua aparência, antes vívida e alva possui a roxidão da vida que se despede de mim, deixando marcas horrendas e tristes. Uma hora dessas o dia está surgindo, colorindo o horizonte em tons azulados e alegres, contrastando com meus ultimos momentos nesta agonizante jornada que todos chamam de vida. Ouço a movimentação dos trabalhadores matinais, agarrando seus destinos na jornada diária de mentir felicidade para alegrar os outros, se vendendo barato todos os dias por poucas migalhas ao fim do mês. Meretrizes escravas da sua propria sorte.
Olho para dentro d'água e não consigo sequer enxergar minhas pernas, meu corpo está envolto completamente pelo escarlate que não me pertence mais. Sinto uma brisa lamber meu rosto, seria a morte afagando meus cabelos, dando boas vindas para uma jornada desconhecida?? Penso ter ouvido passos, talvez seja alucinação... adormeço lentamente, sentindo meu coração machucado bater assincrono cada vez mais rápido enquanto um forte enjôo me toma. Já não percebo mais nada, tudo está terminado.

13 agosto, 2012

Dia dos pais


Ser pai é entender que um dia já foi filho e agora, com seu rebento nos braços, enxergar em seus olhos os seus proprios anseios, desejos, medos, vividos outrora. É como ter uma segunda chance de vida, uma chance de viver tudo de novo mas com a perspectiva de espectador, coadjuvante. É enxergar a sí mesmo em uma nova vida.

11 agosto, 2012

Caminhos



Há algum tempo observo seus passos, você nem percebia. Fitava seus olhos a distância, tentando decifrar seus pensamentos com enorme fixação em suprir seus desejos, buscava entender o que havia na magia que eu via diante dos meus olhos. Uma mulher diferente que me fascinava.
Seus caminhos, quero compartilhar os esforços em seguir em frente ao encontro do horizonte com as mãos dadas, cabeças erguidas e sorriso no rosto. Quero olhar para o lado e ver você, quero oferecer minha mão quando dela precisar. Quero olhar para trás e ver nossas pegadas no chão, denunciando que nossas escolhas talvez nem sempre tenham sido as mais corretas mas foram as nossas escolhas; batalhamos, sorrimos, choramos, juntos. E por isso venceremos.
Seus caminhos, nossos caminhos.

05 agosto, 2012

Eu aprendi


Eu aprendi que não é preciso vencer para, de fato, ganhar. Aprendi que o mesmo vento que arrasa tudo em furacões de proporções gigantescas é a brisa que brinca entre os cabelos da mulher que amo.
Tudo ocorre em ciclos, nada acontece por acaso e tudo tem seu local para acontecer, ainda que para nossa minúscula e limitada compreensão tudo pareça fora de lugar.
Aprendi a perdoar, aprendi a não errar. Aprendi a não sofrer, aprendi a segurar meus instintos e avaliar cada decisão como se esta afetasse não somente as pessoas diretamente envolvidas, mas sim suas futuras gerações pois uma semente lançada ao solo não gera apenas uma árvore, mas também o sorriso da criança que brinca de balanço em frondosos galhos.
Aprendi a errar, aprendi a reconhecer meus erros e com isso tentar não comete-los novamente. Aprendi a ouvir meu coração, aprendi verdadeiramente a ouvir as pessoas, captar seus ensinamentos e absorver aquilo que me é importante, para o ontem -que já passou, mas permanece em nossas vidas- para o hoje, que é presente e precisa nos ser um presente e para o amanhã, que nós ainda não o temos mas vivemos em função dele.
Aprendi a sorrir, aprendi que o sorriso liberta a alma. O sorriso é a forma encontrada para se doar ao proximo da maneira mais singela e pura que existe sem precisar proferir uma só palavra. Eu aprendi que preciso continuar, seguir adiante, erguer a cabeça e fazer do hoje o dia mais maravilhosamente belo e produtivo que já tive.

17 julho, 2012

Um quarto

Parece que foi ontem... Orador da pré-escola, o primeiro avião de papel feito e lançado ao ar, frustrando-me, sem conseguir voar. Parece que foi ontem, o primeiro amor inocente, a primeira briga na rua, a primeira vez que formei letras para escrever meu nome. Faz 25 anos que Gilberto Freyre se foi, faz 25 anos que estou por aqui, brincando de viver, vivendo por brincar. Parece que foi ontem, o primeiro passo, o primeiro inverno paranaense, a primeira geada, a primeira guinada na vida. Parece que foi ontem, fiz das ruas meu abrigo quando tudo era incerteza, ví uma mão estendida que me resgatou a vida. Parece que foi ontem que o ventre secou, sem jamais fazer falta; parece que foi ontem que a estrada me abria, quase descalço, um horizonte de possibilidades na ignorancia de uma destemida juventude. Parece que foi ontem o corpo maltratado, vendido por migalhas, usado sem pedido, pedido sem entrega. Parece que foi ontem, meus pés tentando me levar ao longe de onde eu sonhava ir... Parece que foi ontem o primeiro cigarro, o primeiro porre, o primeiro baseado, o primeiro 'não', o primeiro livro. Parece que foi ontem que quase joguei minha vida toda no lixo sem pensar duas vezes. Parece que foi ontem a desistencia pela vida, a desistencia pela desistencia pela vida! Parece que foi ontem que sangrei, me sabotei, me desconheci e me encontrei... Para novamente me perder. Parece que foi ontem o ultimo abraço naquela que dedicou muito da sua vida pela minha existencia. Parece que foi ontem, eu não sabia que aquele seria o ultimo encontro. Parece que foi ontem que me apaixonei novamente, parece que foi ontem que ela me sorriu e me convenceu que havia bondade e beleza neste mundo. Parece que foi ontem que decidi viver minha vida em paz. Parece que foi ontem, mas já há um quarto nisso tudo.

15 julho, 2012

Miles2











11 junho, 2012

Somos nós

 
Sentada em meu colo ela me beija como se o amanhã não existisse, porém com a ingenuidade que reside no primeiro beijo de um casal apaixonado. Minhas mãos buscam por suas costas nuas, anseiam a pele na pele, calor no calor, redescobrem a cada milimetro deste pedaço de paraíso o fogo infernal que macula os pensamentos. Sua boca me transporta para a linha tênue do prazer e da loucura, insanos num balé simétrico de respirações quase que combinadas, músculos contraídos, mordidas suaves num pescoço que convida para o pecado. Olhares que instigam a malícia, sorrisos repletos de segundas, terceiras intenções. Somos apenas eu e ela no nosso mundo de fantasias, desejos e conquistas.

05 junho, 2012

Conto para ela





              Então seus olhos eram os mais distantes que eu já havia visto. Seus pensamentos, quem dera saber dos seus pensamentos. No trabalho a sua concentração carregava uma aura quase religiosa, sua beleza séria denunciava por vezes o desejo dos dias possuírem mais que 24 horas. Jamais me notara, jamais me dirigira um olhar ou cumprimentos, sequer sabia que eu existia. Em total divergência com este cenário, por incrível que pareça ela sempre se prostrava aos meus olhos; distante, mas comigo de tal forma que eu poderia sentir sua alva pele sem sequer ter um dia encostado em seu belo rosto. O céu e o oceano: parecem unidos, quando na verdade há uma imensidão os separando.
              Apressada, apressando, parecia sempre em outra sintonia. Como de costume, os dias passavam e o desejo de tê-la em meus braços era constante, indissolúvel, inquestionável. Dividia os corredores com ela algumas vezes, mas seus olhos insistiam em fitar o chão, pareciam tímidos, parecia não querer contato, recusavam quaisquer tentativas de observação.  Os ventos percorreram seus caminhos e eu não encontrava meio nem coragem para me aproximar. Certa vez tão próximos ficamos que, por Deus, eu poderia congelar aquele instante só para apreciá-la por uma eternidade... E então dar vida à imaginação. Mas nada aconteceu novamente.
             Os dias se arrastavam como grandes maltrapilhos, apanhados pela letargia mórbida de um destino sem piedade, sem intenção de que as estações completassem seu ciclo, sem o destino querer trazê-la para mim. Um dia, dois dias, dez dias, vinte dias... Trazê-la para meus braços e então beijá-la como sempre tive vontade, como há muito desejara: sonho distante. Os locais por onde a via agora eram outros, casa nova para desejo antigo; antes você caminhava longe demais das minhas mãos, contudo jamais distante dos meus olhos e pensamentos, mas nós estávamos todos lá e agora eu conseguia vê-la mais vezes, de diversos modos diferentes e inusitados. Cruzávamos quase que sempre pelos corredores, você tão linda com sua seriedade quase britânica; eu meio bobo, como um menino tímido e pobre que namora a bicicleta nova da vitrine observava seus passos tentando decifrar suas emoções, sua fixação nos papéis, protocolos, por vezes gargalhava com os amigos...
             Em um dia como muitos outros, cansado de tudo e todos, o telefone toca. Exito por um instante mover minhas mãos em direção ao som estridente que insiste em percorrer minha mente, mas inevitavelmente alcancei o aparelho e eis que tomo um susto. É ela! Uma eternidade separava aquele momento da ultima vez que havíamos trocado meias palavras em um cinzento outono, empoeirado pelo passado. Conversamos poucos minutos, mas o bastante para reanimar um dia sem vida. Ouvir sua voz melodiosa, sentir entendimento e afinidade nas palavras com alguém que não se pode ver é a maravilha que ‘Bell’ tornou possível. Uma ligação de poucos minutos que mudava, apartir dalí, os rumos de toda historia.
             Então seus olhos eram os mais enigmáticos que eu já havia visto. Estávamos em frente a minha faculdade num encontro que eu desejava há muito tempo. Eu estava assustado, incrédulo, sem entender o motivo para alguém tão interessante dispor do seu tempo para conversarmos. Mas até este momento enfim chegar passamos dias conversando, nos descobrindo. Ela era divertida, eu tentava diverti-la também; conversávamos com um respeito quase santo e nossas palavras eram revestidas de educação e polidez. Parecíamos velhos amigos, combatentes de guerra que permaneceram décadas sem se falar e que agora precisavam aproveitar o tempo que tinham, pois nunca é tarde para a neblina se dispor sobre o verde gramado, sepultando segredos jamais revelados. Após alguns desencontros, muitas tentativas em vão lá estávamos nós... Ela, amavelmente bela, divertida, trazia no enigmático olhar um mistério que gritava, ansiava por ser revelado.  Como uma criança acuada após uma traquinagem eu estava encolhido, tenso, sem acreditar no que acontecia diante dos meus olhos. Ela, a pessoa que eu seguia há anos por entre corredores mudos, que nunca se importam com aqueles apressados que trafegam com papéis, que buscam esconder suas aflições do mundo - pois a medida das aflições não é a mesma para todos, não é necessário compartilhar com os demais suas dores, acredita-se erroneamente ser mais fácil suportar as dores da vida quando se está sozinho - se prostrava ao alcance das minhas mãos, dos meus sedentos lábios. O tempo de brincar de pique - esconde havia acabado, compartilhávamos do mesmo ar, eu a tinha ao meu lado. Sem quebra-cabeças, sem o labirinto desumano que me separou dela por tanto e tanto tempo.
              Então seus lábios eram os mais doces que eu já havia provado. Sua sedosa pele, a respiração ritmada, os ciumentos cabelos que insistiam em separar lábios que, por Deus, pareciam terem sidos concebidos um ao outro. O beijo que levou anos para acontecer marcaria agora alguns poucos segundos para a eternidade. Neste instante eterno tudo e tanto se passou em minha mente, um turbilhão de emoções; eu poderia congelar este momento para relembrá-lo por toda a vida. Quase não acreditava em tudo que acontecia. Meus dedos, desbravadores, buscavam alento por trás da sua cabeça enquanto nossos lábios dialogavam, enquanto nossos corpos se esquentavam, enquanto o desejo se inflamava mais e mais.
              Demorou um pouco, mas o desejo inflamado se tornou combustível fácil quando diante dos meus olhos estava ela, despida, com o corpo arrepiado com meus beijos. Abracei-a enquanto minhas mãos percorriam um terreno nunca antes desbravado; seus olhos cerrados, os lábios mordidos, a respiração ofegante, indícios de que estávamos nos entendendo. A luz baixa desenhava seu corpo belo entre os alvos lençóis que a abraçavam... Seus seios não eram pequenos nem grandes, eram jovens. Eram deliciosos assim como seu pescoço, que minha boca insistia em morder ainda que a dona deste oferecesse resistência; nossos corpos nus, seus lábios percorrendo meu corpo, suas mãos delicadamente buscando algo, sensações novas, sensações incríveis, momentos inesquecíveis. Entrelaçados, nada mais importava naquele instante, apenas nós dois. Eu e ela. A invadia com força, como marujos em meio a um naufrágio nossas mãos buscavam agarrar com força o que estivesse ao alcance, numa tentativa desesperada de que isso tudo não acabasse, desejando perpetuar os sabores, os aromas, os calafrios, as caricias e as bobagens sussurradas ao ouvido por entre beijos e mordiscadas. Estávamos enfim juntos, estávamos abraçados e no ar a certeza de que estive com aquela que habitou meu imaginário por tanto e tanto tempo.
               Então seus olhos eram os mais belos que eu já havia visto...

05 novembro, 2011

Retrato dos dias.


Não importa mais o que o coração diz, nem tampouco importa o que as ações demonstram. Não vale mais as palavras de carinho, os olhares ternos, as palavras de conforto, o apontar para o horizonte quando tudo parece não fazer sentido. Se mostramos a verdade, deixamos claro nossas intenções -as melhores e mais louvaveis possiveis, somos taxados de caretões, demodés, somos "improprios para o consumo".
Consumam merda, não se dá pérolas a porcos.

03 novembro, 2011

The Ballad Of The Sad Young Men





The Ballad Of The Sad Young Men
Sing a song of sad young menGlasses full of ryeAll the news is bad again soKiss your dreams goodbye
All the sad young men sitting in the barsKnowing neon nights missing all the starsAll the sad young men drifting through the townDrinking up the night trying not to drownAll the sad young men singing in the coldTrying to forget that they're growing oldAll the sad young men choking on their youthTrying to be brave, running from the truth.Autumn turns the leaves to goldSlowly dies the heartSad young men are growing oldAnd that's the cruelest partAll the sad young men seek a certain smileSomeone they can hold for a little whileTired little girl does the best she canTrying to be gay for her sad young manWhile the grimy moon watches from aboveAll the sad young men play of making loveMisbegotten moon shine for sad young menlet your gentle light guide them home tonightAll the sad young men


Ponto final



É o adeus suprimido, denuncia que tudo está acabado.
Pode ser simples, pode pesar uma tonelada, pode ser sutil ou pode ser escrito se valendo de um balde de tinta. Vários pontos finais em conjunto dão vida à esperança em forma de reticencias; Pode significar um capricho, um mero desleixo, deslize, desdém. Um ponto final pode ser tudo o que você precisa para virar a página e começar uma nova historia...
Um ponto final pode ser o inicio da mudança. Inevitavel, a tinta da caneta não é eterna e o grafite não é gigantesco.
Cabe a você mudar o rumo da historia, do começo ao fim. O ponto final é você quem escreve.
É o silencio traduzido para o papel.

16 outubro, 2011

5 anos \o/




Tudo começou faz 5 anos, no dia 17/10/2006. Inúmeros pensamentos, tanto para escrever, tanto para ganhar vida na forma escrita, surgiu então uma idéia, um blog.
E o primeiro POST saiu do papel, o blog ganhou vida e se fez realidade.

Veja a primeira postagem >>

De lá pra cá muito aconteceu, muito mesmo. Profissionalmente passei por 4 empregos, pessoalmente falando passei por 3 namoros (uma bailarina, uma professora e uma estudante), passei também por inumeras provas de aprendizagem, cresci muito, reclamei demais, quase abandonei isso aqui. Inumeras vezes.
Inumeras vezes também mudei o layout deste blog, passando de tons agradáveis para o sombrio fundo preto. Oscilei meu humor nestes 5 anos, o que me credenciou a quase apagar de vez este blog e não retornar mais a escrever. Depois, acreditem, a falta de memória condenou meus pensamentos à gaveta mais sombria dos meus dias: esqueci a senha de acesso.
Após inumeros e-mails para a equipe do Google consegui reaver o acesso, e comecei então a postar, cada vez mais, cada vez com mais entusiasmo (mas não como outrora).
Com o advento das redes sociais agora você, caro pensador, pode também compartilhar meus pensamentos no Facebook. Basta clicar ao lado da postagem e mandar brasa!! Pode também me fazer perguntas via o icone do Formspring.com
Have fun =)

5 anos, mais de 10000 acessos (coisa louca para quem não divulga um blog, não o joga em outdoors e afins), inumeros posts que retratam minha vida, meus pensamentos, como eu sou.
Agradeço a você pelo carinho, pelos inumeros minutos que dedicou da sua vida para ler meus pensamentos. Você riu, se emocionou, se encantou, enfureceu... Você viveu e compartilhou um pouquinho da sua vida com o que eu compartilho com você.
Muito obrigado, de coração. Que venham mais 5 anos!!

Quem quiser manter contato, adicione no Facebook:
FACEBOOK

Deixo uma musiquinha para acalentar vossas almas:




 Imagem: http://www.blog.agenciafire.com.br

De uma vez por todas



Ainda que você viesse ao meu encontro, segurasse minhas mãos e dissesse que me ama, que sempre acreditou em meu potencial, sempre me quis ao seu lado, mesmo assim eu não lhe perdoaria. Não conseguiria olhar em seus olhos, acreditar nas palavras de uma boca que só fez proferir maldades sobre mim; não conseguiria sequer sentir pena da sua existencia mesquinha e doentia. Incomodo-me em saber que respiro o mesmo ar que você.
Lembro-me de quando chegavas perto mas não tocava, olhava mas não me via, dizia e eu nada entendia. Você matou todas as possibilidades de um dia eu sentir amor por sua existencia. Jamais quis saber dos seus, ignorava nossa presença e pensava apenas nos seus quereres. Só lamento a necessidade de possuir o sangue imundo que um dia correu em suas veias. O sangue que você inumeras vezes viu e observou com prazer ele escorrer .
Se algum dia senti algo bom por você, neste momento minha consciencia não habitava meu ser.

08 outubro, 2011

Da saudade que jamais existiu




A chuva fina cai lá fora e eu, envolto em pensamentos enquanto a xícara de café esquenta minhas mãos, penso em você. Carinhosamente recordo os momentos em que estivemos juntos naquele distante outono, quando caminhávamos de mãos dadas ouvindo apenas o quebrar das folhas secas sob nossos pés enquanto vez ou outra cochichava afetuosidades em seu ouvido, só para ver seu sorriso colorindo tudo ao nosso redor. Como era doce sua voz, como foram felizes os momentos em que tive você em meus braços.
Observo as gotas da chuva riscarem minha janela, crianças correm na rua em uma tentativa frustrada de manterem-se secos, o vento umido acaricia meu rosto de feição triste e pouco depois -assim como você- vai embora acariciar outros rostos na multidão. Busco um cigarro e o acendo, certo de estar cavando minha sepultura embora isso jamais tenha me assustado. Viver é correr riscos, viver é estar disposto a ir do céu ao inferno em questão de segundos se necessario for.
O balé da fumaça começa diante de meus olhos, percebo alguem ao longe caminhando sem se preocupar com a chuva que lava seu corpo; deve estar sentindo alguma insana necessidade de lavar também sua alma, expulsar seus sentimentos ruins, sentir-se leve. Aquela cena mexe comigo e tomado por um subito desejo de me despir dos meus fantasmas repouso minha xicara de café e calço meus chinelos... Poucos segundos depois estou eu no papel principal deste drama perambulando debaixo daquilo que pretendia manter-me limpo dos meus pudores, livre dos meus pensamentos e lembranças do passado. Lembranças que atormentam minha vida, lembranças que chegam de mansinho enchendo meu coração de ternura e acabam sempre por irem embora deixando meus olhos marejados. Não será possivel esquecer você, jamais.

Mantenha-se à direita




Nas calçadas;
nas esquinas;
nas estações de metrô;
nas escadas;
nas escadas rolantes;
nas aglomerações;
nos dias de sol;
nos dias de chuva;
nos becos;
nas entradas;
nas saídas;
nas piscinas;
nas corridas;
nas vidas.

06 outubro, 2011

Hiperbole




Seu sorriso tem o poder de acalentar a furia de mil exércitos em guerra, ainda assim sente-se satisfeito em apenas inundar meu coração de alegria. Seu sorriso é um elogio à beleza, faz do outono uma eterna primavera, torna o cinza dos céus chuvosos frondosos arco-iris em tons vívidos.
Todo instante que semeias seu sorriso ao vento, e como por sorte de principiante meus olhos captam tamanha perfeição dos seus lábios, meu dia toma contornos deslumbrantes, meus caminhos se iluminam, se enchem de graça.

De Fernando Pessoa:
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

05 outubro, 2011

Pormenores



Dos pensamentos, o desejo da infelicidade.
Dos caminhos, a certeza do erro iminente.
Das palavras, o odor da falsidade.
Dos sorrisos, prevalece a vastidão do vazio.
Das intensões, sabe-se que não houve nem metade.
Das desilusões, alicerces dos edificios.
Das brincadeiras, a repudia pelo sim.
Dos momentos, recordações sem sentido.
Das recordações, momentos desnecessarios.
Das mentiras, fidelidade em cada ato.
Dos olhares, maneiras de escapar do absurdo.
Da perplexidade, a certeza de novos rumos.
Das mudanças, o caminho mais sensato para os nossos dias.

19 setembro, 2011

Somos nós


Estamos morrendo, dia após dia; nada que façamos poderá reverter este placar injusto.
Nossos galhos são jovens, ainda somos frágeis e indefesos diante das tormentas. Mas somos jovens, e todos os jovens são dotados de uma coragem que parece armadura diante dos perigos impostos pela vida. Mesmo que a ventania teime em nos derrubar, vamos deitar de lado, tirar um cochilo e em poucos instantes estaremos em pé novamente. Mais fortes, mais resistentes. Menos jovens. Menos vivos.
Nossos galhos estão maduros, somos capazes de gerar frutos agora. Uns bons, outros ruins, mas todos ainda são frutos e não conseguem se lançar muito longe de nossos galhos maduros. Nossas folhas brincam de ciranda com a brisa de fim de tarde, nossa frondosa magnitude é percebida à distancia enquanto nos despedimos do sol uma vez mais. A noite cai e com ela a certeza que estamos ainda mais maduros. Menos jovens. Menos vivos.
Nossos galhos estão quebradiços, não suportam mais o velho balanço das crianças. Estamos frageis, enrugados, nossas frutas estão escassas e outros de nós já podemos perceber ao redor de nós: são crias nossas, gerados das sementes dos nossos frutos quando ainda jovens. Estes são jovens, frágeis e indefesos, assim como nós agora. A noite cai, um novo dia nasce mas o sol não retorna como outrora; estamos agora pequenos, jovens, indefesos, frágeis.

Mais nada


Dos seus olhos percebo surgir uma brilhante luz, que ilumina meus passos enquanto sua doce voz indica a direção certa. Sua sedosa pele me faz crer que Deus foi perfeito em conceber criatura tão bela; seus cabelos, bobos ciumentos ajudados pela brisa gélida da manhã, buscam esconder seus traços que me fizeram ser dono de tamanho carinho por ti.
Busco-te pelas esquinas, vagueio pelas ruas, indago seu nome a estranhos; a encontro fazendo morada em meu coração. Dificil disfarçar, impossivel te esquecer. Tão óbvio te querer, perfeito por você me apaixonar. Te quero em meus braços, minha princesinha linda.

13 setembro, 2011

Seus olhos (caminho)


Então a vi pela primeira vez. Era timidamente bela, me olhou com olhos apreensivos e sorriu. As poucas palavras que gentilmente trocamos insistiram em fazer moradia na minha mente, tão logo a deixei em campo de combate para o debute por ela tanto esperado.
Precisava encontrar meu caminho em meio às linhas de frente, precisava perceber o momento correto para uma apresentação digna das minhas expectativas; nunca fui realmente bom quando em terreno desconhecido e, afinal, o combate sempre reserva inumeras surpresas durante a batalha.
Então a vi pela segunda vez. Era timidamente bela, me olhou com olhos apreensivos e sorriu.

24 maio, 2011

Da imbecilidade que não é a nossa.



Odeio a imbecilidade de terceiros, me corroi como não deveria ser. Gente que se acostumou com um foço cheio de merda e parece não querer sair de lá, mas sente-se muito bem para buzinar palavras de pseudo-revolta no meu ouvido. Há tempo para tudo abaixo do sol, há tempo para correr pra barra da saia da mãe, há tempo para pegar sua espada e sair no mundo.

Mas tem gente que não consegue mudar.
Como eu queria um porrete, um daqueles bem medievais. Haveria crime bárbaro nos jornais.

Cresçam, porra!!! Caminhem, bando de vermes rastejantes!!!

19 maio, 2011

Churros de Goiba!!!

É só 0,50 centis, malandro!! Aqui na capital federal =D

21 outubro, 2010

Tudo



Tudo é tão longe, tantos são tão vazios, quase nada é bom o bastante. Papos vazios, sorrisos cheios de intenções mirabolantes, gostos dificeis de serem agradados. Hipocrisia, demagogia e falsidade pairam no ar.

28 setembro, 2010

Eleições 2010


 Como manter o entusiasmo em uma politica fajuta, politica essa da camaradagem, do tapinha nas costas, do pão e circo? Coligações nunca antes imaginadas nem pelos mais céticos dos céticos, alianças partidárias com o unico fim de angariar minutos a mais de espaço "gratuito" nas TVs do país a fora.
Candidatos que, por favor, não conseguem praticamente nem ler um papel com seu texto diante dos seus olhos. Candidatos da mídia, globais e afins, com números fáceis de decorar para o povão imbecil votar e bater no peito com a frase "hoje votei com revolta!! eles vão ver!!"

ELES QUEM, ANIMAL?!?!?!?!?!


Aqueles que roubam nosso suado dinheiro com obras de valores incalculaveis, aqueles que certamente olham o povão passar a pé pelas ruas e sentem repudia? Aqueles que se pudessem matariam um a um de seus eleitores se isso lhes rendesse alguns zeros em suas contas bancarias?


ELES QUEM, CAMBADA DE BURRO INCOMPETENTE?!?!?!?!

O pior do Brasil é o brasileiro. O brasileiro boçal que acorda às 5 da manhã e vai dormir às 23, que faz bico aos fins de semana, que enche o c* de cachaça com a prerrogativa do "vou esquecer os problemas". O brasileiro que desde pequeno na escola odiava as matérias e hoje, com 40 anos nas costas, vende halls no semáforo por não ter tido a capacidade de estudar e ser alguem na vida. Aquele que matava aula pra fumar um baseadinho e hoje tem 2 filhas prostituas, 3 filhos traficantes e culpa o governo que não dá apoio. Cambada de burro filhos da puta!

Elejam tiriricas, mulheres frutas, deputadas gatinhas e governadores que dão terreno. O Brasil é uma bosta mesmo.

 

In My Life

There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.
But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.

Em Minha Vida

Há lugares dos quais vou me lembrar
por toda a minha vida, embora alguns tenham mudado
Alguns para sempre, e não para melhor
Alguns já nem existem, outros permanecem

Todos esses lugares tiveram seus momentos
Com amores e amigos, dos quais ainda posso me lembrar
Alguns já se foram, outros ainda vivem
Em minha vida, amei todos eles

Mas de todos esses amigos e amores
Não há ninguém que se compare a você
E essas memórias perdem o sentido
Quando eu penso em amor como uma coisa nova

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto
por pessoas e coisas que vieram antes,
Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais a você

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto
por pessoas e coisas que vieram antes,
Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais a você
Em minha vida... eu amo mais a você







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To voltando...





To voltando, pessoaaaalll... ¬¬
Depois de algum tempo, consegui reaver minha senha. O pessoal do Google é atencioso e após 3 dias de espera por um veredito, consegui resetar a bixinha.

Pois bem, agora estou com internet em casa e poderei postar coisas novas, assim que der. Espero que diariamente.

Abraço a todos. Estejam bem.

01 junho, 2010

Rita

Das palavras proferidas, restou apenas a lembrança daquela que do pouco que falou, igualmente se entendeu e quase nada de concreto disse. Ficaram as mágoas pela irremediável falta de carinho e as farpas nas cicatrizes incuráveis em 5 vidas desgraçadas.
Todos temos nossas razões, ainda que a falta de razão seja a marca mais notável de nossos atos. Somos únicos e justamente esta singularidade coletiva nos deixa à margem de julgamentos precisos, veredictos acertados, mas a revolta não segue roteiros predefinidos, regras não cabem aos nossos julgamentos. Somos todos incessantemente falhos. A única certeza, os escombros.
Hoje já não caminha entre nós propagando suas palavras mesquinhas, destilando veneno por onde quer que passe. Mas me pergunto o que havia de bom em sua pessoa? Quais foram os sorrisos verdadeiros que me foram privados e quais os abraços calorosos em tardes geladas de inverno eu não pude jamais apreciar?
Quem errou? Foi um erro de um só ou todos erraram e já não conseguem reparar seus danos? Como isso tudo poderia ter sido diferente? Inúmeras perguntas sem respostas.
Nunca pude abraçá-la com verdadeiro afeto. Não tivemos tempo de nos conhecer, além dos nove meses em que realmente tivemos real contato.

24 maio, 2010

Da imbecilidade - Valter A. Rodrigues

Não temo a inteligência humana. Já a imbecilidade humana me aterroriza. Se a inteligência não constitui uma ameaça, por suportar o diálogo e a crítica, a imbecilidade é destrutiva, por supor-se verdadeira. A imbecilidade é arrogante, a inteligência é humilde. Por isso a inteligência avança, revê seus princípios, se revitaliza a cada novo saber que encontra. E a imbecilidade, com suas certezas, vê em qualquer avanço uma ameaça, em qualquer novo saber a possibilidade de deslocar-se de sua certeza. Ninguém mais desejoso de segurança que um imbecil.
Quem adere à verdade, ou busca ansiosamente uma? Em contrapartida, quem transita pelos discursos do mundo, os frequenta e aprende a rir deles? A inteligência ri, como princípio, não daquele que busca saber, e sim do que busca desesperadamente instituir-se ou valer-se do instituído para legitimar-se. O homem inteligente é sempre um clown entre sizudos doutores. E é bom que seja visto assim.
Contrapartida de meu terror (e sua justificativa):
Nada aterroriza mais a imbecilidade que a inteligência humana. Que ela seja identificada a uma certa loucura, a uma certa incipiência, para não ser rapidamente eliminada, chega a ser uma estratégia, não só de sobrevivência, mas de construção de territórios mais ou menos viáveis, embora sempre finitos. A imbecilidade pretende-se eterna, a inteligência sabe-se provisória. A primeira adere, a segunda não cessa de descolar-se de si mesma.

http://letrasrizomaticas.blogspot.com

CONTATOvalterodrigues2005@gmail.com
[77] 8817-5456 / 9136-6808

Consultório: Rua Leonídio Oliveira, 450 A - Recreio

45020-341 - Vitória da Conquista - BA

11 maio, 2010

Torna a Surriento - Ernesto de Curtis (por Pavarotti)


The Essential Pavarotti (DVD)
Royal Gala Concert - Royal Albert Hall
Royal Philharmonic Orchestra
Conductor Kurt Herbert Adler
Recorded in April 13th 1982


Viede 'o mare quant'è bello
Spira tantu sentimentu
Comme tu a chi tiene mente
Ca scetato 'o fai sunnà,
Guarda guà chisto ciardino;
Siente, siè, sti sciure arance:
Nu prufumo accussi fino
Dint'o core se ne va...
E tu dice: "Ìparto, addio!" bis
T'alluntane da stu core... bis
Da sta terra de l'ammore bis
Tieno 'o core 'e nun turnà? bis
Ma nun me lassà, bis
Nun darme stu turmiento! bis
Torna a Surriento, famme campà! bis

Serviço de utilidade pública

Clique na imagem para ampliar

Meu anjo lindo




Seu sorriso é o que de mais belo meus olhos já puderam alcançar,

quando um tanto tímido reage às minhas palavras de afeto.

Não há pele alva mais sedosa que aquela tocada por meus dedos,

na tentativa de acariciar seu corpo enquanto imagino estar na presença

de um anjo enquanto dorme.

Volumosos fios de cabelo numa tentativa ciumenta de se oporem aos nossos lábios

quando, pela cruel distancia imposta pelo tempo, anseiam dissipar a angustiante

saudade e o insaciável desejo de amar.

Sua preocupação para comigo, suas cartas de amor acumulando-se sobre

minha mesa ao aguardo da minha atenção; suas ligações nem sempre

prestativamente atendidas... Minhas perpétuas desculpas.

Meu incalculável amor por ti, pequena.

Meu incalculável amor por aquela que prostrou diante meus céticos olhos a

possibilidade de haver ainda coisas boas além do horizonte, ao alcance das mãos.

Deus, perfeito ao criar-te.

24 abril, 2010

I'm bored!! Bored, bored, bored...

05 abril, 2010

Amapola


De amor en los hierros de tu reja,
De amor escuche la triste queja,
De amor que sonó en mi corazón,
Diciéndome así con su dulce canción:
Amapola, lindísima amapola,
Será siempre mi alma tuya sola.
Yo te quiero, amada niña mia,
Igual que ama la flor la luz del día.
Amapola, lindísima amapola,
No seas tan ingrata y ámame.
Amapola, Amapola,
Cómo puedes tú vivir tan sola!

02 abril, 2010

FocaEmFoco - Recomendadissimo



http://www.focaemfoco.com/blog/

Este é um blog de uma querida amiga, Aline, que é 'foca' (não sabe o que significa? Goooogle!!!), que há muito nos prestigia com sua facilidade poética agora mais que nunca, nos prestigia de igual forma com sua veia jornalistica.
Lá você encontra muitas dicas sobre eventos, literatura, gastronomia, se mantem bem informado sobre o que rola no mundo cultural e muito mais!!

Vale a pena dar um pulinho lá. O unico 'problema' é não conseguir desgrudar!!
Siga a foca via Twitter: @focaemfoco

17 fevereiro, 2010

A imbecilidade (vulgo Carnaval/Brasil)


Imbecilidade, acompanha tantos de nós e até mesmo, percebam, parece que a alguns de nós -em uma ladeira desenfreada- este artigo é o que puxa fortemente para frente de dentro das bagagens.
Não entenderam bolhufas, não é mesmo?
Pois é, como eu desejo ardentemente espancar poucos alguns, encher outros de terra pelas ventas, cuspir no ouvido de inumeros que, por favor, não demonstram possuir freios em sua imbecilidade. Despedaça-los e jogar as tiras para os crocodilos, isso mesmo!!
Mas o que eu queria, realmente, era tomar um café gostoso comendo chocolate meio-amargo apreciando, senão apenas minha sombra no chão, a da caneca de café.

Imagem: http://amarpedra.blogspot.com/2009/01/da-hegemonia-da-necedade.html

25 setembro, 2009

Ângela...

Mesmo que me aperte essa sensação sem nome
Ou que me faça engolir a seco a minha sede é de
Ângela, Ângela, Ângela
Quantas vezes eu me quis negar
Mas o meu rio só corria em direção ao mar, em direção ao mar de
Ângela, Ângela, Ângela
Rouba do meu leite agora
O gosto da minha vitória
Do meu amor, do meu amor por mim
Eu que me achava o rei do fogo e dos trovões
Eu assisti meu trono desabar sedendo as tentações, as tentações de
Ângela, Ângela, Ângela
Minha espada erguida para a guerra com toda fúria que ela encerra,
No entanto, no entanto, é tão doce, tão doce para
Ângela, Ângela, Ângela

14 setembro, 2009

Novo 'Layout' - 3 Anos!!! \o/



Bom dia a todos.
Este fim de semana, como podem observar, alterei o 'Layout' do blog, sua 'cara' e funcionalidades.
Uma aparência mais limpa, embora bastante arrojada e estéticamente agradável; sem cores fortes em demasia nem tampouco fontes exageradas ou inacessíveis ao olho nú.
A proposta de um blog limpo, sem propagandas ou modismos foi e sempre será mantida. Minha finalidade aqui não é ganhar dinheiro, mas sim ocupar a mente com o que adoro fazer: pensar e escrever.

Há agora uma caixa de busca interna, onde vocês poderão pesquisar termos ou frases neste blog (puxa vida, a frase 'xxxx xxx' eu a li neste blog, mas não recordo em qual post... vou procurar!). Há também um relógio bonitinho e um calendário, para lembrarmos as horas e dias de se pensar.
Prévias dos ultimos posts também podem ser encontrados facilmente no menu à esquerda, onde inseri também links para alguns pensadores que adimiro, e sempre visito seus blogs. Visite também! Vale a pena.

E, como não poderia deixar de ser, a "BRASÍLIA SUPER RÁDIO - FM" estará presente conosco. Basta clicar para ouvir as mais belas canções da música universal 24h por dia, com notícias atualizadas da Rede Bandeirantes de jornalismo.

Tenham todos uma excelente semana muito produtiva. Obrigado por participarem destes 3 anos de Pensamentos de um Primata!!
Abraços.

J. Lacerda
ou, Trovador.

Imagem: hardinformatica

11 setembro, 2009

11 de setembro - O mundo mudou há 8 anos



Que a dor pela perda de parentes e amigos (estes ultimos, parentes por escolha) seja minimizada, uma vez que esquecer é tarefa impossível.


 Foto: The Falling Man foi tirada por Richard Dr

03 setembro, 2009

Sobre a falta de educação do brasileiro.




Sim, o título diz tudo o que há. Com o crescimento e desenvolvimento populacional as pessoas, quando deveriam progredir em seu intelecto, agir de forma mais coerente, preocupada com os demais ao seu redor (pois o metro quadrado fica mais disputado a cada dia que passa) estão regredindo! Cometendo atos grotescos, grosseiros, inimagináveis, creio eu, há algumas décadas atrás quando, ao que tudo indica, as coisas eram diferentes, as pessoas eram mais educadas.

Caminhando pelas ruas, tem gente que não dá a mínima para o fato dela mesma estar rodeada de inúmeras pessoas que incrivelmente e inexplicavelmente possuem suas ambições, sentem dores, anseiam por um sem-fim de badulaques que nos foge a compreensão. Estes imbecís infames poderiam, ao menos, manter-se à sua direita para evitar atropelamentos e nervosismos. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Há ainda aqueles que, mesmo não etilizados (ou aparentando não estarem), vão de um lado ao outro, promovendo tamanha confusão com um ato tão simples e tão antigo: andar para frente.

Não bastasse esta aberracidade desmedida, nos metrôs encontramos muitos infelizes que, pela sorte que lhes falta poderiam estar mortos; não sabem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço no universo! E se enfiam tal qual agulha em couro cru, sem poder aguardar, pacientes e indolores, os passageiros que precisam deixar os trens assim o fazê-lo. Esperem, animais! A porteira abriu, mas a comida está noutro cocho distante, não neste...

E essa lei da humanidade atual aplica-se à elevadores e quaisquer coisas que tenham portas trafegáveis. Inúteis paspalhões.

Me causa nojo e repúdia quando, em onibus coletivos lotados de moribundos já cedo, nas primeiras horas de sol presente, velhas múmias tagarelam alcançando tons e notas assombrosas até mesmo mesmo a Pavarotti. Um tal de risada alta, palavras de baixo calão, risadas altas e tosses; palavras de baixo calão e a minha agonia do destino estar distante. Distante mesmo anda minha paciência.

Crianças chorando, sem educação -pois nem mesmo as crianças hoje conseguem educação de berço- e se debatendo, batendo nos outros, urinando em locais publicos... Um horror. Se há de haver a degradação humana, já há por aqui há algum tempo e parece que poucos perceberam.

Mas deixe-me calar-me por aqui, senão ficarei mais irritado ainda.


Foto: 1º Memorial Javier Carpintero de Xadrez.