19 setembro, 2011

Mais nada


Dos seus olhos percebo surgir uma brilhante luz, que ilumina meus passos enquanto sua doce voz indica a direção certa. Sua sedosa pele me faz crer que Deus foi perfeito em conceber criatura tão bela; seus cabelos, bobos ciumentos ajudados pela brisa gélida da manhã, buscam esconder seus traços que me fizeram ser dono de tamanho carinho por ti.
Busco-te pelas esquinas, vagueio pelas ruas, indago seu nome a estranhos; a encontro fazendo morada em meu coração. Dificil disfarçar, impossivel te esquecer. Tão óbvio te querer, perfeito por você me apaixonar. Te quero em meus braços, minha princesinha linda.

13 setembro, 2011

Seus olhos (caminho)


Então a vi pela primeira vez. Era timidamente bela, me olhou com olhos apreensivos e sorriu. As poucas palavras que gentilmente trocamos insistiram em fazer moradia na minha mente, tão logo a deixei em campo de combate para o debute por ela tanto esperado.
Precisava encontrar meu caminho em meio às linhas de frente, precisava perceber o momento correto para uma apresentação digna das minhas expectativas; nunca fui realmente bom quando em terreno desconhecido e, afinal, o combate sempre reserva inumeras surpresas durante a batalha.
Então a vi pela segunda vez. Era timidamente bela, me olhou com olhos apreensivos e sorriu.

24 maio, 2011

Da imbecilidade que não é a nossa.



Odeio a imbecilidade de terceiros, me corroi como não deveria ser. Gente que se acostumou com um foço cheio de merda e parece não querer sair de lá, mas sente-se muito bem para buzinar palavras de pseudo-revolta no meu ouvido. Há tempo para tudo abaixo do sol, há tempo para correr pra barra da saia da mãe, há tempo para pegar sua espada e sair no mundo.

Mas tem gente que não consegue mudar.
Como eu queria um porrete, um daqueles bem medievais. Haveria crime bárbaro nos jornais.

Cresçam, porra!!! Caminhem, bando de vermes rastejantes!!!

19 maio, 2011

Churros de Goiba!!!

É só 0,50 centis, malandro!! Aqui na capital federal =D

21 outubro, 2010

Tudo



Tudo é tão longe, tantos são tão vazios, quase nada é bom o bastante. Papos vazios, sorrisos cheios de intenções mirabolantes, gostos dificeis de serem agradados. Hipocrisia, demagogia e falsidade pairam no ar.

28 setembro, 2010

Eleições 2010


 Como manter o entusiasmo em uma politica fajuta, politica essa da camaradagem, do tapinha nas costas, do pão e circo? Coligações nunca antes imaginadas nem pelos mais céticos dos céticos, alianças partidárias com o unico fim de angariar minutos a mais de espaço "gratuito" nas TVs do país a fora.
Candidatos que, por favor, não conseguem praticamente nem ler um papel com seu texto diante dos seus olhos. Candidatos da mídia, globais e afins, com números fáceis de decorar para o povão imbecil votar e bater no peito com a frase "hoje votei com revolta!! eles vão ver!!"

ELES QUEM, ANIMAL?!?!?!?!?!


Aqueles que roubam nosso suado dinheiro com obras de valores incalculaveis, aqueles que certamente olham o povão passar a pé pelas ruas e sentem repudia? Aqueles que se pudessem matariam um a um de seus eleitores se isso lhes rendesse alguns zeros em suas contas bancarias?


ELES QUEM, CAMBADA DE BURRO INCOMPETENTE?!?!?!?!

O pior do Brasil é o brasileiro. O brasileiro boçal que acorda às 5 da manhã e vai dormir às 23, que faz bico aos fins de semana, que enche o c* de cachaça com a prerrogativa do "vou esquecer os problemas". O brasileiro que desde pequeno na escola odiava as matérias e hoje, com 40 anos nas costas, vende halls no semáforo por não ter tido a capacidade de estudar e ser alguem na vida. Aquele que matava aula pra fumar um baseadinho e hoje tem 2 filhas prostituas, 3 filhos traficantes e culpa o governo que não dá apoio. Cambada de burro filhos da puta!

Elejam tiriricas, mulheres frutas, deputadas gatinhas e governadores que dão terreno. O Brasil é uma bosta mesmo.

 

In My Life

There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.
But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.

Em Minha Vida

Há lugares dos quais vou me lembrar
por toda a minha vida, embora alguns tenham mudado
Alguns para sempre, e não para melhor
Alguns já nem existem, outros permanecem

Todos esses lugares tiveram seus momentos
Com amores e amigos, dos quais ainda posso me lembrar
Alguns já se foram, outros ainda vivem
Em minha vida, amei todos eles

Mas de todos esses amigos e amores
Não há ninguém que se compare a você
E essas memórias perdem o sentido
Quando eu penso em amor como uma coisa nova

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto
por pessoas e coisas que vieram antes,
Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais a você

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto
por pessoas e coisas que vieram antes,
Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais a você
Em minha vida... eu amo mais a você







.
.

To voltando...





To voltando, pessoaaaalll... ¬¬
Depois de algum tempo, consegui reaver minha senha. O pessoal do Google é atencioso e após 3 dias de espera por um veredito, consegui resetar a bixinha.

Pois bem, agora estou com internet em casa e poderei postar coisas novas, assim que der. Espero que diariamente.

Abraço a todos. Estejam bem.

01 junho, 2010

Rita

Das palavras proferidas, restou apenas a lembrança daquela que do pouco que falou, igualmente se entendeu e quase nada de concreto disse. Ficaram as mágoas pela irremediável falta de carinho e as farpas nas cicatrizes incuráveis em 5 vidas desgraçadas.
Todos temos nossas razões, ainda que a falta de razão seja a marca mais notável de nossos atos. Somos únicos e justamente esta singularidade coletiva nos deixa à margem de julgamentos precisos, veredictos acertados, mas a revolta não segue roteiros predefinidos, regras não cabem aos nossos julgamentos. Somos todos incessantemente falhos. A única certeza, os escombros.
Hoje já não caminha entre nós propagando suas palavras mesquinhas, destilando veneno por onde quer que passe. Mas me pergunto o que havia de bom em sua pessoa? Quais foram os sorrisos verdadeiros que me foram privados e quais os abraços calorosos em tardes geladas de inverno eu não pude jamais apreciar?
Quem errou? Foi um erro de um só ou todos erraram e já não conseguem reparar seus danos? Como isso tudo poderia ter sido diferente? Inúmeras perguntas sem respostas.
Nunca pude abraçá-la com verdadeiro afeto. Não tivemos tempo de nos conhecer, além dos nove meses em que realmente tivemos real contato.

24 maio, 2010

Da imbecilidade - Valter A. Rodrigues

Não temo a inteligência humana. Já a imbecilidade humana me aterroriza. Se a inteligência não constitui uma ameaça, por suportar o diálogo e a crítica, a imbecilidade é destrutiva, por supor-se verdadeira. A imbecilidade é arrogante, a inteligência é humilde. Por isso a inteligência avança, revê seus princípios, se revitaliza a cada novo saber que encontra. E a imbecilidade, com suas certezas, vê em qualquer avanço uma ameaça, em qualquer novo saber a possibilidade de deslocar-se de sua certeza. Ninguém mais desejoso de segurança que um imbecil.
Quem adere à verdade, ou busca ansiosamente uma? Em contrapartida, quem transita pelos discursos do mundo, os frequenta e aprende a rir deles? A inteligência ri, como princípio, não daquele que busca saber, e sim do que busca desesperadamente instituir-se ou valer-se do instituído para legitimar-se. O homem inteligente é sempre um clown entre sizudos doutores. E é bom que seja visto assim.
Contrapartida de meu terror (e sua justificativa):
Nada aterroriza mais a imbecilidade que a inteligência humana. Que ela seja identificada a uma certa loucura, a uma certa incipiência, para não ser rapidamente eliminada, chega a ser uma estratégia, não só de sobrevivência, mas de construção de territórios mais ou menos viáveis, embora sempre finitos. A imbecilidade pretende-se eterna, a inteligência sabe-se provisória. A primeira adere, a segunda não cessa de descolar-se de si mesma.

http://letrasrizomaticas.blogspot.com

CONTATOvalterodrigues2005@gmail.com
[77] 8817-5456 / 9136-6808

Consultório: Rua Leonídio Oliveira, 450 A - Recreio

45020-341 - Vitória da Conquista - BA

11 maio, 2010

Torna a Surriento - Ernesto de Curtis (por Pavarotti)


The Essential Pavarotti (DVD)
Royal Gala Concert - Royal Albert Hall
Royal Philharmonic Orchestra
Conductor Kurt Herbert Adler
Recorded in April 13th 1982


Viede 'o mare quant'è bello
Spira tantu sentimentu
Comme tu a chi tiene mente
Ca scetato 'o fai sunnà,
Guarda guà chisto ciardino;
Siente, siè, sti sciure arance:
Nu prufumo accussi fino
Dint'o core se ne va...
E tu dice: "Ìparto, addio!" bis
T'alluntane da stu core... bis
Da sta terra de l'ammore bis
Tieno 'o core 'e nun turnà? bis
Ma nun me lassà, bis
Nun darme stu turmiento! bis
Torna a Surriento, famme campà! bis

Serviço de utilidade pública

Clique na imagem para ampliar

Meu anjo lindo




Seu sorriso é o que de mais belo meus olhos já puderam alcançar,

quando um tanto tímido reage às minhas palavras de afeto.

Não há pele alva mais sedosa que aquela tocada por meus dedos,

na tentativa de acariciar seu corpo enquanto imagino estar na presença

de um anjo enquanto dorme.

Volumosos fios de cabelo numa tentativa ciumenta de se oporem aos nossos lábios

quando, pela cruel distancia imposta pelo tempo, anseiam dissipar a angustiante

saudade e o insaciável desejo de amar.

Sua preocupação para comigo, suas cartas de amor acumulando-se sobre

minha mesa ao aguardo da minha atenção; suas ligações nem sempre

prestativamente atendidas... Minhas perpétuas desculpas.

Meu incalculável amor por ti, pequena.

Meu incalculável amor por aquela que prostrou diante meus céticos olhos a

possibilidade de haver ainda coisas boas além do horizonte, ao alcance das mãos.

Deus, perfeito ao criar-te.

24 abril, 2010

I'm bored!! Bored, bored, bored...

05 abril, 2010

Amapola


De amor en los hierros de tu reja,
De amor escuche la triste queja,
De amor que sonó en mi corazón,
Diciéndome así con su dulce canción:
Amapola, lindísima amapola,
Será siempre mi alma tuya sola.
Yo te quiero, amada niña mia,
Igual que ama la flor la luz del día.
Amapola, lindísima amapola,
No seas tan ingrata y ámame.
Amapola, Amapola,
Cómo puedes tú vivir tan sola!

02 abril, 2010

FocaEmFoco - Recomendadissimo



http://www.focaemfoco.com/blog/

Este é um blog de uma querida amiga, Aline, que é 'foca' (não sabe o que significa? Goooogle!!!), que há muito nos prestigia com sua facilidade poética agora mais que nunca, nos prestigia de igual forma com sua veia jornalistica.
Lá você encontra muitas dicas sobre eventos, literatura, gastronomia, se mantem bem informado sobre o que rola no mundo cultural e muito mais!!

Vale a pena dar um pulinho lá. O unico 'problema' é não conseguir desgrudar!!
Siga a foca via Twitter: @focaemfoco

17 fevereiro, 2010

A imbecilidade (vulgo Carnaval/Brasil)


Imbecilidade, acompanha tantos de nós e até mesmo, percebam, parece que a alguns de nós -em uma ladeira desenfreada- este artigo é o que puxa fortemente para frente de dentro das bagagens.
Não entenderam bolhufas, não é mesmo?
Pois é, como eu desejo ardentemente espancar poucos alguns, encher outros de terra pelas ventas, cuspir no ouvido de inumeros que, por favor, não demonstram possuir freios em sua imbecilidade. Despedaça-los e jogar as tiras para os crocodilos, isso mesmo!!
Mas o que eu queria, realmente, era tomar um café gostoso comendo chocolate meio-amargo apreciando, senão apenas minha sombra no chão, a da caneca de café.

Imagem: http://amarpedra.blogspot.com/2009/01/da-hegemonia-da-necedade.html

25 setembro, 2009

Ângela...

Mesmo que me aperte essa sensação sem nome
Ou que me faça engolir a seco a minha sede é de
Ângela, Ângela, Ângela
Quantas vezes eu me quis negar
Mas o meu rio só corria em direção ao mar, em direção ao mar de
Ângela, Ângela, Ângela
Rouba do meu leite agora
O gosto da minha vitória
Do meu amor, do meu amor por mim
Eu que me achava o rei do fogo e dos trovões
Eu assisti meu trono desabar sedendo as tentações, as tentações de
Ângela, Ângela, Ângela
Minha espada erguida para a guerra com toda fúria que ela encerra,
No entanto, no entanto, é tão doce, tão doce para
Ângela, Ângela, Ângela

14 setembro, 2009

Novo 'Layout' - 3 Anos!!! \o/



Bom dia a todos.
Este fim de semana, como podem observar, alterei o 'Layout' do blog, sua 'cara' e funcionalidades.
Uma aparência mais limpa, embora bastante arrojada e estéticamente agradável; sem cores fortes em demasia nem tampouco fontes exageradas ou inacessíveis ao olho nú.
A proposta de um blog limpo, sem propagandas ou modismos foi e sempre será mantida. Minha finalidade aqui não é ganhar dinheiro, mas sim ocupar a mente com o que adoro fazer: pensar e escrever.

Há agora uma caixa de busca interna, onde vocês poderão pesquisar termos ou frases neste blog (puxa vida, a frase 'xxxx xxx' eu a li neste blog, mas não recordo em qual post... vou procurar!). Há também um relógio bonitinho e um calendário, para lembrarmos as horas e dias de se pensar.
Prévias dos ultimos posts também podem ser encontrados facilmente no menu à esquerda, onde inseri também links para alguns pensadores que adimiro, e sempre visito seus blogs. Visite também! Vale a pena.

E, como não poderia deixar de ser, a "BRASÍLIA SUPER RÁDIO - FM" estará presente conosco. Basta clicar para ouvir as mais belas canções da música universal 24h por dia, com notícias atualizadas da Rede Bandeirantes de jornalismo.

Tenham todos uma excelente semana muito produtiva. Obrigado por participarem destes 3 anos de Pensamentos de um Primata!!
Abraços.

J. Lacerda
ou, Trovador.

Imagem: hardinformatica

11 setembro, 2009

11 de setembro - O mundo mudou há 8 anos



Que a dor pela perda de parentes e amigos (estes ultimos, parentes por escolha) seja minimizada, uma vez que esquecer é tarefa impossível.


 Foto: The Falling Man foi tirada por Richard Dr

03 setembro, 2009

Sobre a falta de educação do brasileiro.




Sim, o título diz tudo o que há. Com o crescimento e desenvolvimento populacional as pessoas, quando deveriam progredir em seu intelecto, agir de forma mais coerente, preocupada com os demais ao seu redor (pois o metro quadrado fica mais disputado a cada dia que passa) estão regredindo! Cometendo atos grotescos, grosseiros, inimagináveis, creio eu, há algumas décadas atrás quando, ao que tudo indica, as coisas eram diferentes, as pessoas eram mais educadas.

Caminhando pelas ruas, tem gente que não dá a mínima para o fato dela mesma estar rodeada de inúmeras pessoas que incrivelmente e inexplicavelmente possuem suas ambições, sentem dores, anseiam por um sem-fim de badulaques que nos foge a compreensão. Estes imbecís infames poderiam, ao menos, manter-se à sua direita para evitar atropelamentos e nervosismos. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Mantenha a sua direita, sempre, caro leitor. Há ainda aqueles que, mesmo não etilizados (ou aparentando não estarem), vão de um lado ao outro, promovendo tamanha confusão com um ato tão simples e tão antigo: andar para frente.

Não bastasse esta aberracidade desmedida, nos metrôs encontramos muitos infelizes que, pela sorte que lhes falta poderiam estar mortos; não sabem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço no universo! E se enfiam tal qual agulha em couro cru, sem poder aguardar, pacientes e indolores, os passageiros que precisam deixar os trens assim o fazê-lo. Esperem, animais! A porteira abriu, mas a comida está noutro cocho distante, não neste...

E essa lei da humanidade atual aplica-se à elevadores e quaisquer coisas que tenham portas trafegáveis. Inúteis paspalhões.

Me causa nojo e repúdia quando, em onibus coletivos lotados de moribundos já cedo, nas primeiras horas de sol presente, velhas múmias tagarelam alcançando tons e notas assombrosas até mesmo mesmo a Pavarotti. Um tal de risada alta, palavras de baixo calão, risadas altas e tosses; palavras de baixo calão e a minha agonia do destino estar distante. Distante mesmo anda minha paciência.

Crianças chorando, sem educação -pois nem mesmo as crianças hoje conseguem educação de berço- e se debatendo, batendo nos outros, urinando em locais publicos... Um horror. Se há de haver a degradação humana, já há por aqui há algum tempo e parece que poucos perceberam.

Mas deixe-me calar-me por aqui, senão ficarei mais irritado ainda.


Foto: 1º Memorial Javier Carpintero de Xadrez.

28 agosto, 2009

No ponto de onibus




No onibus a caminho do serviço, às 6:25 da manhã, enquanto saboreava o melhor da música erudita nas ondas da 'Brasília Super Radio FM, 89,9Mhz' me deparei com algo que já vivenciei na pele, agora do lado de fora do onibus: dormindo em um ponto de onibus, todo encolhido pelos 15º que fazia neste horario, um homem sem muita roupa.
Lembrei de imediato as casas em construção que tantas e tantas vezes foram meus abrigos, os 'quartinhos' de fazer xixi do lado de fora de muitas casas foi meu dormitorio tantas e tantas vezes. Em momentos fui acordado aos ponta-pés por policiais inescrupulosos que batem antes de perguntar. Em outros fui vitima do frio paranaense implacável que beirava os 5º pela madrugada; caminhava pelo asfalto pouco iluminado da BR que corta a frente de Castro, a pequena cidade onde morei quando isto tudo aconteceu.
Pode-se dizer, sem exageros, que Castro me proporcionou os melhores e piores momentos da minha vida. Sim, pois nesta cidadezinha que parece ter parado no tempo conheci as trevas e saí -quase- ileso disso tudo. Conheci a maldade nas ruas sangrentas e nos olhos de uma 'mãe' que só fazia me humilhar, como se eu não tivesse desbravado o meio de suas pernas ao encontro da luz como fizeram seus outros 6, depois de nós 6 (sim, tenho 11 irmãos por parte de mãe e pai, mais 6 por parte apenas de pai.). Conheci o respeito verdadeiro pelas palavras confortantes de profª Suzanne, do colégio Cavannis, de Charton Stella, das aulas de jardinagem e também dos ensinamentos de vida. Luciano Christoforo, psicologo que acompanhava minhas neuras adolescentes, Lea e Suzana, psicologa e ass. social que me deram suporte enquanto no abrigo para menores estive por quase 4 anos. E outros mais e poucos que me ajudaram a não acabar minha história prematuramente.
Pois bem; olhei aquela cena do homem encolhido e praticamente revi meus momentos de angustia quando, fedido e com feridas purulentas por mais de semanas sem um banho e magro por tempos e tempos sem uma refeição correta e balanceada. Me senti contente por estar melhor nos dias de hoje.
Faço um pedido a você, caro leitor, para que ao verificar um mendigo nas ruas encolhido com frio, não o maltrate, não o olhe com desprezo. Passei por isso, sei o quanto dói ser olhado com nojo, olhares inquisidores e reprovativos. Aquele mendigo que hoje dorme nas calçadas amanhã, quem sabe, pode ser o homem que assinará seu contracheque, que educará seus filhos na escola, que apontará uma revolver carregado contra sua cabeça e não exitará apertar o gatilho.
Pense nisso.

17 agosto, 2009

Don't leave me now - Pink Floyd




Oooh babe
Don't leave me now.
Don't say it's the end of the road.
Remember the flowers I sent.
I need you, babe
To put through the shredder
In front of my friends
Oooh Babe.
Don't leave me now.
How could you go?
When you know how I need you
To beat to a pulp on a Saturday night
Oooh babe,
Don't leave me now.
How can you treat me this way?
Running away.
Oooh babe,
Why are you running away?
Oooooh babe!

27 julho, 2009

When we are enough for anyone?





Quando somos suficientemente bons para os outros? Por quanto mais tempo teremos que quebrar nossos próprios recordes, superar nossas limitações, abrir mãos de nossas asas para outros poderem voar? Lutar, lutar, e sempre ficar a sensação de perder, perder.
Nunca seremos bons o bastante para quem está ao nosso redor? Seremos fadados a sorrisos falsos, palavras hipócritas e olhares inquisidores mesmo quando damos o melhor de nós mesmos? Será que nada mudará em nossas vidas?

24 julho, 2009

Incoerências II




Preste atenção a tudo o você faz; não permita ser enganado pelas suas ações, não deixe a vida te engolir por inteiro. Acorde bem cedo, alimente-se bem, aceite a condição de alguém (mais um, na realidade) que no final irá morrer também.
Acabe seus escritos, resolva as equações que estão por resolver, abrace pessoas que você nem conhece, ainda que te achem louco. A nossa loucura nada mais é que a incapacidade dos outros terem as mesmas atitudes que temos. Permita-se sorrir um pouco mais. Permita-se -realmente- viver a vida como deveria ser nos roteiros e nas convenções.


Ps.: Imagem http://i.olhares.com

22 julho, 2009

Incoerências




Num primeiro instante seu olhar entorpecido parecia ainda mais belo que de costume. Aqueles lábios rosados, vivos, suculentos em uma boca que balbuciava algumas sílabas disconexas... uma visão do paraíso. A pele macia, alva, seus pelos loiros ouriçados pela leve brisa que lambia seu corpo nú, meus olhos observando cada instante da agonia muda deste ser tão belo.
Aos poucos a razão veio e com ela, como se chegasse de carruagem, um medo quase mortal. Suas pupilas pareciam dois grandes buracos de perdição onde qualquer um poderia se perder sem querer se achar. Surgiu o primeiro berro seco que ecoou por todo cômodo, ricocheteando pelas paredes antes de adentrar em minh'alma.
As palavras ásperas me excitavam a cada instante mais e mais. As perguntas sobre o motivo daquilo tudo eram muitas, e por assim serem soavam repetitivas, desnecessárias, inoportunas. Os pedidos de anistia surgiam de igual maneira e, se não me falha a memória, percebí uma gota lacrimal escorrer em seu belo rosto de porcelana chinesa quando seus olhos fitaram o reflexo da minha faca em suas pernas. Eu apenas sorri.
Me aproximei daquela obra magnífica de um deus que a tudo vê e acariciei seus cabelos lisos com a ternura de uma mãe que consola seu filho que perdera seu barquinho de papel na enchurrada. Lábios finos se tocavam em movimentos frenéticos; medo, frio, desespero. Alcancei seus seios, nem pequenos nem grandes, nem moles nem duros, jovens. Ergui meu punhal e iniciei alguns riscos pelos seus braços, enquanto a ouvia berrar desesperadamente. As linhas díspares tingiam a sedosa pele com uma cor escarlate, um vermelho cor-de-vida! Vida que começa a acenar para nós dizendo adeus desde o primeiro momento em que dizemos nada além de choros convulsivos, presos por um cordão imundo a outro ser que, pela regra, tem nosso domínio. Pressionei o punhal com maior precisão e encontrei um material rígido meio acinzentado, banhado em líquido quente e espesso. Pensei que ficaria surdo pois minha querida linda quase ficava afônica devido aos seus gritos desesperados.
Tracei uma linha reta em conformidade com a linha do seu umbigp e enfiei minha arma. O sangue escorria como catarata daquele enorme ferimento então beijei-a como jamais beijara alguém ou algo em minha pobre existência. O doce-amargo do sangue em sua boca e a sensação única das lágrimas a enxarcar seu rosto era explendoroso. Neste momento minha querida dava sinais de fraqueza e por alguns instantes eu perdí sua pulsação e a respiração que antes era ofegante, desritimada, era então inexistente. Abracei seu corpo ainda quente, embora imóvel, inanimado, e chorei. Limpei com a língua os vestigios de sangue residentes em seu rosto, deixando-a com a mesma beleza de quando a encontrei pela primeira vez, no colégio primário, onde costumávamos brincar de pega-pega todos os dias. Então olhei para ela uma última vez mais e parti.


*Imagem retirada do link http://jaeh.wordpress.com/2007/05/20/como-design-tudo-fica-mais-divertido/

29 junho, 2009

Moments

Relatos & Tempos que se passam

Um homem murado dentro de mim mesmo, repleto de regiões de solidão. Inacessível aos olhos de todos, incompreensível à própria percepção e entendimento. Buscando abraçar o mundo sem lembrar, reparem só, de sorrir para mim no espelho. Enclausurado pelos desejos de seguir adiante, reencontrar os destinos naturais de um ser que é imortal enquanto se julga forte. Padeço de um mal maior, sofro de dores que não sangram; morro quando deveria lutar para viver.Fechado nesta penumbra jamais expandirei meus horizontes, jamais alcançarei o topo da escada enquanto prosseguirem a puxar meus pés, derrubando não apenas meu corpo, mas tudo o que sou. Essa solidão é um revólver que porá fim à minha vida sem precisar d’outras mãos para dispará-lo.

Tempos que se passam, momentos perdidos,
diários rabiscados, vozes que não calam,
lembranças insuportavelmente inesquecíveis.
Fragmentos de uma história retorcidos.

Vontade de voltar, seguir as próprias pegadas deixadas no caminho. Reescolher caminhos.
Silenciar mudas paredes de concreto que não choram a perda de tesouros inestimavelmente sagrados, redescobrir vales ensolarados no entardecer. Despir trajes de guerra, despir trajes da morte.
Solidão de algodão, móveis rústicos de hipocrisia, alarmes falsos e insuportáveis, discrepâncias absolutas no abstrato coletivo. Viver ou morrer? Miver ou vorrer? Difícil escolher.

Café amargo, trago de cigarro, olhares vazios ao redor. O mundo é uma caixa repleta de frustrações. Cada um de nós, uma galáxia.


28 abril, 2009

Sem vaselina!




Gooooooooolllllllllll..... é do Ronaaaaaaalllddoooooooooooo!!!!!
Fenômeno que é, não pára de fazer gols pelo aclamado e amado Corinthians. Exemplo de garra e amor pelo que faz -e faz muito bem!, Ronaldo mostra mais uma vez para todos que está em mais uma subida meteórica na sua carreira. Gols, dribles desconcertantes, alegria em campo.
Era deste futebol bonito que o Brasil carecia. Parabéns, Ronaldo.

*O título deste postfaz referência à tablóides esportivos argentinos, e sua denominação da vitória do Corinthians com 2 gols de Ronaldo, no último domingo, dia 26.

**Depois de 3 meses sem nenhum post, tanto tempo mais sem nada novo de minha autoria, não poderia deixar de recomeçar em grande estilo. Em estilo fenomenal!

26 janeiro, 2009

Diga 'sim' para o Brasil... Como?



Bom dia, amiguinhos.
Depois de séculos e séculos (é que estou trabalhando pra caramba... saio cedo, chego tarde!) atualizo este blog com meus pensamentos.
Hoje, enquanto vinha para meu serviço no coletivo, vim o trajeto todo ouvindo um´estilo de música que, sinceramente e me perdoem os que gostam, desaprovo e desgosto: o forró.
For all
For all
For all
Não é o fato da musicalidade -apenas- que me desagrada neste estilo musical, mas também as letras. O que é aquilo?!!?!? O que é isso!?!?!?! Um apelo absurdamente desnecessário ao ato sexual, aos valores deturpados... Não fosse só isso, ainda temos que aturar os 'funks' com sua falta de vergonha (e roupa...) e excesso de frutas (melancia, jaca, melão, morango...). Tudo pra se ganhar dinheiro, conseguir seus 15 minutinhos de fama e só. Acabou.
Não, não acabou não!!! A herança cultural são nossos jovens que, ainda criancinhas, saem dançando estas idiotices como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Diga 'sim' para o Brasil. Como?!?!?!

"Meu pintinho amarelinho, cabe aqui na minha mão..."

Aí me acusam de quadrado, por ouvir musicas da década de 50, 60, 70, 80. Vou me render ao 'sistema'? Nunca!


Como já dizia Renato Russo, "... que se faça o sacrifício e cresçam logo as crianças."

13 janeiro, 2009

My mother is down!




Hospitalizada desde o último sábado, ela não suportou os quase 30 anos de tabaco e álcool e sucumbiu a um infarto agudo do miocárdio pela manhã de ontem, dia 12. Deixa 5 filhos do 2º casamento órfãos, uma vez que o pai dos pequenos falecera ano passado. Apenas um é maior.


Esteja em paz.

29 dezembro, 2008

Bohemian Rhapsody (Freddie Mercury)




Isso é a vida real?
Isso é só fantasia?
Pego num desmoronamento
Sem poder escapar da realidade
Abra seus olhos
Olhe para o céu e veja
Eu sou apenas um pobre menino,
Eu não preciso de nenhuma compaixão
Porque eu venho fácil, fácil vou
E possuo altos e baixos
De qualquer jeito que o vento soprar,
Isso realmente não importa pra mim, pra mim

Mamãe, acabei de matar um homem
Coloquei uma arma em sua cabeça
Puxei o gatilho, agora ele está morto
Mamãe, a vida acabou de começar
Mas agora eu vou ter que jogar tudo fora
Mamãe, ooo
Não foi minha intenção te fazer chorar
Se eu não estiver de volta a esta hora amanhã
Continue, continue,
Como se nada realmente importasse

Tarde demais, chegou minha hora
Sinto arrepios em minha espinha
Meu corpo está doendo toda hora
Adeus a todos - eu agora tenho que partir
Tenho que deixar todos vocês para trás
E encarar a verdade
Mamma, ooo - (de qualquer maneira o vento sopra)
Eu não quero morrer
Às vezes eu desejo nunca ter nascido

Eu vi uma pequena silhueta de um homem
Palhaço, palhaço você fará o fandango
Trovões e relâmpagos - me assustam muito
Gallileo, Gallileo,
Gallileo, Gallileo,
Gallileo Figaro - magnífico;

Mas eu sou apenas um pobre menino e ninguém me ama
Ele é só um pobre menino de uma pobre família
Poupe sua vida desta monstruosidade
O que vem fácil, vai fácil - você vão me deixar ir?
Em nome de Deus! Não - nós não o deixaremos ir –
Deixe-o ir
Em nome de Deus! Nós não o deixaremos ir - deixe-o ir
Em nome de Deus! Nós não o deixaremos ir - deixe-me ir
Não o deixe ir - deixe-me ir (nunca)
Nunca deixe-o em vão - deixe-me ir
Nunca deixe-me em vão – ooo
Não, não, não, não, não, não, não –
Oh mamma mia, mamma mia, mamma mia deixe-me ir
Belzebu, tem um diabo reservado pra mim
pra mim?
pra mim?

Então você acha
Que pode me parar e cuspir em meus olhos?
Então você acha que pode me amar
E me deixar morrer?
Oh baby - não pode fazer pra mim, baby
Apenas saia –
Apenas saia logo daqui!

Ooh yeah, ooh yeah
Nada realmente importa
Qualquer um pode ver
Nada realmente importa
Nada realmente importa pra mim

E de qualquer forma o vento sopra...



22 dezembro, 2008

Então, é Natal...


Comer peru, beber 'champanhe' (puts...), aguentar parentes chatos que não se vê há décadas, vizinhos insuportáveis com um estonteante sorriso nos lábios, propagandas do tipo 'eu não perco venda!'...
Então, é natal...
Sorte do orkut: Se você comer muito no Natal vai acabar passando mal!!
O importante é que o ano novo vem aí; cheio de repletas possibilidades de ser feliz. Eba!
(momento lunático)
E o salário, óó...

Abraços

26 outubro, 2008

Informalidades

Acordamos pela manhã mas, alguém sabe por qual motivo estamos em pé? Qual será nossa outra parte prometida, quais serão os momentos alegres e até duradouros? Quem nos machucará com palavras ásperas ao entardecer? Tantas promessas, tantos beijos em vão, tantas pessoas a caminhar sem saber ao certo para onde vão.

Mas há um Deus superior a tudo isso; um Deus de amor incondicional que a tudo vê, a tudo provê seu carinho celestial. E há fome, há tragédias nucleares, há abismos e correntezas de sangue a correr sob o leito do ódio e da desigualdade.

Nos deitamos a noite sem olhar para trás, sem agradecer pelas conquistas, sem agradecer ao próximo pela mão estendida no momento difícil. Sem agradecer por passar quase ileso a mais um dia de solidão mórbida. Queremos repousar a cabeça e fechar os olhos com a certeza do que é certo; apenas conseguimos pesadelos.

Abra seu coração, alerte seus olhos. O fim ainda demorará, caminhe um pouco mais.

15 outubro, 2008

Friends will be friends...

Friends will be friends
Another red letter day,
So the pound has dropped and the children are creating,
The other half run away,
Taking all the cash and leaving you with the lumber,
Got a pain in the chest,
Doctors on strike what you need is a rest.
It's not easy love, but you've got friends you can trust,
Friends will be friends...

17 setembro, 2008

I want to break free

I want to break free
I want to break free
I want to break free from your lies
You're so self satisfied
I don't need you
I've got to break free
God knows, God knows
I want to break free
I've fallen in love
I've fallen in love for the first time
And this time I know it's for real
I've fallen in love, yeah
God knows, God knows
I've fallen in love
It's strange but it's true
Hey, I can't get over the way you love me
like you do
But I have to be sure
When I walk out that door
Oh how I want to be free, baby
Oh how I want to be free
Oh how I want to break free
But life still goes on
I can't get used to living without, Living without
Living without you by my side
I don't want to live alone, hey
God knows, got to make it on my own
So baby can't you seeI've got to break free
I've got to break freeI want to break free, yeah
I want, I want, I want, I want to break free
Ooh yeah
I want to break - yeah yeah

06 setembro, 2008

Tudo se move, tudo dá voltas




Abandone a luta, jogue a toalha e admita: você não ganhará de forma alguma.

Não levante a cabeça; o sol não mais raiará perfeito e imponente num longínquo horizonte tortuoso. Esqueça as batalhas vencidas, deixe o saudosismo para lá e admita: você não ganhará de forma alguma.

Esqueça das palavras amigas, esqueça também dos 'amigos', deixe que na pantomima os fatos irreveláveis - irreleváveis se escondam. As janelas se fecham na escuridão e você grita numa reverberação muda enquanto tudo se move, tudo dá voltas.

Deixe para lá, as águas jamais mudarão seu curso e o vento já não bate mais. A chuva cai fina, mas já não importa. Não neste momento.

Abandone a luta, deixe o saudosismo para lá e admita: tudo se move, tudo dá voltas.