17 setembro, 2012

Dos desafios da vida


Aquele adorável mostro branco imóvel, estagnado pelo tempo que o alimenta é meu maior medo, meu desafiante que instiga meus sentidos sem proferir uma só palavra. O vento assobia contos tristes em meu ouvido, de outros que tentaram mas não lograram êxito mas não me importo: cá estou para vencer, minha determinação é combustível para minhas ações.
Embora não seja religioso, creio em Deus e faço minhas orações. Não peço que me carregue nos braços até o cume, curvo-me humildemente e no auge de minha resignação agradeço por todos os dias de minha vida, pelos poucos mas verdadeiros amigos que uniram seus passos aos meus nesta jornada e que mesmo à distância estão alí, comigo neste momento mágico. Sorrio timidamente enquanto uma lágrima percorre meu rosto para se perder no solo; lembro da mulher que mora em meu peito ao passo que o sol disperta meio trôpego no horizonte, acordando as plantas, os animais, enchendo de vida e alegria onde antes a escuridão da noite imperava.
O caminho é difícil, longo e exige grande esforço físico e mental. Cada passo adiante deixa marcas para trás, marcas que em algum momento serão encobertas deixando definitivamente o campo de visão -embora não sejam por completo apagadas, pois mesmo tendo avançado e posteriormente retornando em nosso caminho para apagar marcas do passado, estas jamais somem de nossa memória.
É preciso prosseguir, o desafio é imenso e pode não haver tempo para encerra-lo. O tempo é traiçoeiro, não permite tropeços.

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