Estamos sendo projetados para não amar mais. Sim, não amar.
Parece uma afirmação estranha, equivocada, mas é a nossa realidade. Qual o real motivo, senão este, para os relacionamentos não durarem o que antes duravam? Hoje em dia você declara amores infundados -porém belos, magníficos- para alguém que não lhe quer, ou que quer apenas uma noite, uma festa, um pó, um cigarro de você. Quer sua bunda, quer lençóis, quer sua boca e nada mais.
Não há mais amor nos dias de hoje, ou talvez haja medo de amar.
O futuro da nossa geração é estranho, parece que não haverão mais casamentos duradouros, não haverão casamentos!! Ninguém dá a mínima para o que você sente, você não dá a mínima para um 'eu te amo' que se ouve por telefone, que se recebe com flores e chocolates, que se diz assim, baixinho no ouvido. E nossas crianças, como ficarão? Deverão se acostumar com este ritmo e, assim sendo, prosseguir neste ciclo vicioso desgraçado, onde nada é para sempre, onde não se respeita mais os sentimentos tão puros que outrora habitavam nossos lares, nossos corações?
Os relacionamentos não são mais feitos para durar. Infelizmente.
05 dezembro, 2006
Atualidades de algo já antigo (esquecido).
terça-feira, dezembro 05, 2006
1 comment
Concordo quando diz que os relacionamentos duradouros estão acabando.
ResponderExcluirPorém, como pode dizer que o amor servil de outrora era melhor para as pessoas?
Um amor muitas vezes imposto, onde marido e mulher não tinham a intimidade necessária a um casal?
Um amor onde o sexo era unicamente forma de construir uma família.
Um amor onde prevalecia a autoridade do marido.
É certo que as pessoas hoje banalizam o amor, precipitam as coisas pulando etapas.
Cada vez mais queremos sentir o tesão de início de relação sempre. Não temos paciência como nossos avôs e avós, não paramos para compreender os outros (isso inclui amigos, familiares, colegas). Mas, será que eles eram realmente felizes? Qual o motivo de tantos relatos de adultério? Qual é o motivo de tantas histórias mal contadas? Qual é o motivo de tanta submissão?
Talvez eles não fossem mais felizes do que nós somos hoje. E quem disse que somos felizes da forma que somos?
É difícil comparar usando bases tão distintas. Não temos como fazer testes usando passado e presente, podemos supor. Mas suposição por suposição não adianta.
Enquanto não tivermos bases quantitativas a dúvida perdurará, já que qualidades são atribuídas de acordo com a visão de cada pessoa. E cada pessoa é única, isso permite que todos vejamos tudo de uma forma diferentes uns dos outros.
É certo, que pelo menos em filmes e livros o amor no passado é retratado com mais romantismo e respeito, da mesma forma como hoje tem mais vida e cor.
Quem sabe um dia eu possa tirar esta dúvida. Pois, realmente não consigo me posicinar diante do que não consigo ver e contar. O achar por si só já é o princípio do erro.