Sozinho consigo mesmo, fitando a janela a sua frente ele ouve o silencio que o rodeia. Não há vozes senão as que discutem em sua cabeça, o confundem, o fazem refletir como a vida é louca. E como é preciso ser louco para viver esta vida. Fez um sem-fim de escolhas, caminhou na chuva, chutou pedras na rua, observou o sol se pôr ao fim de um cansativo dia de sorrisos e abraços.
Nada está no lugar, sua sombra se retorce como se a chama de uma vela a projetasse meio errante, meio distorcida como a visão dos fatos. No silêncio quase sepulcral ele olha para dentro de sí e se questiona, se pergunta se tudo valera a pena, se cada passo deixado para trás fora feito de maneira correta. Seus medos, suas virtudes, seus amores, sua vida. Tudo colocado à prova neste momento e ele permanece sozinho, fitando a janela a sua frente.
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