16 outubro, 2011

5 anos \o/




Tudo começou faz 5 anos, no dia 17/10/2006. Inúmeros pensamentos, tanto para escrever, tanto para ganhar vida na forma escrita, surgiu então uma idéia, um blog.
E o primeiro POST saiu do papel, o blog ganhou vida e se fez realidade.

Veja a primeira postagem >>

De lá pra cá muito aconteceu, muito mesmo. Profissionalmente passei por 4 empregos, pessoalmente falando passei por 3 namoros (uma bailarina, uma professora e uma estudante), passei também por inumeras provas de aprendizagem, cresci muito, reclamei demais, quase abandonei isso aqui. Inumeras vezes.
Inumeras vezes também mudei o layout deste blog, passando de tons agradáveis para o sombrio fundo preto. Oscilei meu humor nestes 5 anos, o que me credenciou a quase apagar de vez este blog e não retornar mais a escrever. Depois, acreditem, a falta de memória condenou meus pensamentos à gaveta mais sombria dos meus dias: esqueci a senha de acesso.
Após inumeros e-mails para a equipe do Google consegui reaver o acesso, e comecei então a postar, cada vez mais, cada vez com mais entusiasmo (mas não como outrora).
Com o advento das redes sociais agora você, caro pensador, pode também compartilhar meus pensamentos no Facebook. Basta clicar ao lado da postagem e mandar brasa!! Pode também me fazer perguntas via o icone do Formspring.com
Have fun =)

5 anos, mais de 10000 acessos (coisa louca para quem não divulga um blog, não o joga em outdoors e afins), inumeros posts que retratam minha vida, meus pensamentos, como eu sou.
Agradeço a você pelo carinho, pelos inumeros minutos que dedicou da sua vida para ler meus pensamentos. Você riu, se emocionou, se encantou, enfureceu... Você viveu e compartilhou um pouquinho da sua vida com o que eu compartilho com você.
Muito obrigado, de coração. Que venham mais 5 anos!!

Quem quiser manter contato, adicione no Facebook:
FACEBOOK

Deixo uma musiquinha para acalentar vossas almas:




 Imagem: http://www.blog.agenciafire.com.br

De uma vez por todas



Ainda que você viesse ao meu encontro, segurasse minhas mãos e dissesse que me ama, que sempre acreditou em meu potencial, sempre me quis ao seu lado, mesmo assim eu não lhe perdoaria. Não conseguiria olhar em seus olhos, acreditar nas palavras de uma boca que só fez proferir maldades sobre mim; não conseguiria sequer sentir pena da sua existencia mesquinha e doentia. Incomodo-me em saber que respiro o mesmo ar que você.
Lembro-me de quando chegavas perto mas não tocava, olhava mas não me via, dizia e eu nada entendia. Você matou todas as possibilidades de um dia eu sentir amor por sua existencia. Jamais quis saber dos seus, ignorava nossa presença e pensava apenas nos seus quereres. Só lamento a necessidade de possuir o sangue imundo que um dia correu em suas veias. O sangue que você inumeras vezes viu e observou com prazer ele escorrer .
Se algum dia senti algo bom por você, neste momento minha consciencia não habitava meu ser.

08 outubro, 2011

Da saudade que jamais existiu




A chuva fina cai lá fora e eu, envolto em pensamentos enquanto a xícara de café esquenta minhas mãos, penso em você. Carinhosamente recordo os momentos em que estivemos juntos naquele distante outono, quando caminhávamos de mãos dadas ouvindo apenas o quebrar das folhas secas sob nossos pés enquanto vez ou outra cochichava afetuosidades em seu ouvido, só para ver seu sorriso colorindo tudo ao nosso redor. Como era doce sua voz, como foram felizes os momentos em que tive você em meus braços.
Observo as gotas da chuva riscarem minha janela, crianças correm na rua em uma tentativa frustrada de manterem-se secos, o vento umido acaricia meu rosto de feição triste e pouco depois -assim como você- vai embora acariciar outros rostos na multidão. Busco um cigarro e o acendo, certo de estar cavando minha sepultura embora isso jamais tenha me assustado. Viver é correr riscos, viver é estar disposto a ir do céu ao inferno em questão de segundos se necessario for.
O balé da fumaça começa diante de meus olhos, percebo alguem ao longe caminhando sem se preocupar com a chuva que lava seu corpo; deve estar sentindo alguma insana necessidade de lavar também sua alma, expulsar seus sentimentos ruins, sentir-se leve. Aquela cena mexe comigo e tomado por um subito desejo de me despir dos meus fantasmas repouso minha xicara de café e calço meus chinelos... Poucos segundos depois estou eu no papel principal deste drama perambulando debaixo daquilo que pretendia manter-me limpo dos meus pudores, livre dos meus pensamentos e lembranças do passado. Lembranças que atormentam minha vida, lembranças que chegam de mansinho enchendo meu coração de ternura e acabam sempre por irem embora deixando meus olhos marejados. Não será possivel esquecer você, jamais.

Mantenha-se à direita




Nas calçadas;
nas esquinas;
nas estações de metrô;
nas escadas;
nas escadas rolantes;
nas aglomerações;
nos dias de sol;
nos dias de chuva;
nos becos;
nas entradas;
nas saídas;
nas piscinas;
nas corridas;
nas vidas.

06 outubro, 2011

Hiperbole




Seu sorriso tem o poder de acalentar a furia de mil exércitos em guerra, ainda assim sente-se satisfeito em apenas inundar meu coração de alegria. Seu sorriso é um elogio à beleza, faz do outono uma eterna primavera, torna o cinza dos céus chuvosos frondosos arco-iris em tons vívidos.
Todo instante que semeias seu sorriso ao vento, e como por sorte de principiante meus olhos captam tamanha perfeição dos seus lábios, meu dia toma contornos deslumbrantes, meus caminhos se iluminam, se enchem de graça.

De Fernando Pessoa:
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

05 outubro, 2011

Pormenores



Dos pensamentos, o desejo da infelicidade.
Dos caminhos, a certeza do erro iminente.
Das palavras, o odor da falsidade.
Dos sorrisos, prevalece a vastidão do vazio.
Das intensões, sabe-se que não houve nem metade.
Das desilusões, alicerces dos edificios.
Das brincadeiras, a repudia pelo sim.
Dos momentos, recordações sem sentido.
Das recordações, momentos desnecessarios.
Das mentiras, fidelidade em cada ato.
Dos olhares, maneiras de escapar do absurdo.
Da perplexidade, a certeza de novos rumos.
Das mudanças, o caminho mais sensato para os nossos dias.