24 outubro, 2007

Canto da alegria.

Você passou de repente e, neste momento, tudo pareceu ter perdido o sentido, o tempo parou e só havia você, desfilando seus longos cabelos cacheados enquanto olhava, distraída e linda, as horas no seu relógio. Tentei fazer algo, dizer algo, mas nenhum músculo se mecheu neste instante. A fumaça do meu cigarro deixava minha boca lentamente enquanto você partia, enquanto eu tinha a certeza de nunca mais a ver, jamais poder sentí-la, em hipótese alguma poder beijá-la.
Mas então seus passos ficaram lentos, as dunas se modificaram com os ventos e seu corpo parou!

Meu deus, ela parou!!!

Então deu meia volta e, com semblante apressado, veio em minha direção com passadas fortes enquanto meu coração disparava, tentava sair juntamente à fumaça de cigarro da minha boca. Pegou seu celular e esboçou ligar, digitar números para mim desconhecidos. Então antes que você chegasse até mim, um carro branco parou ao meio-fio.
Você sorriu, entrou e em mil pedaços deixou meu coração.

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