24 agosto, 2007

Old Friend - The Stonewall Celebration Concert



Amo esta música na voz do Renato! Sempre me emociono com ela.

Composição: Nancy Ford/Gretchen Cryer


Everytime I've lost another lover

I call up my old friend
And say let's get together
I'm under the weather
Another love has suddenly come to an end
And he listens as I tell him my sad story
And wonders at my taste in men
And we wonder why I do it
And the pain of getting through it
And he laughs and says: "You'll do it again !"
And we sit in a bar and talk till two
'Bout life and love as old friends do
And tell each other what we've been through
How love is rare, life is strange
Nothing lasts, people change
And I ask him if his life is ever lonely
And if he ever feels despair
And he says he's learned to love it
'Cause that's really a part of it
And it helps him feel the good times when they're there

And we wonder if I'll live with any lover
Or spend my life alone
And the bartender is dozing
And it's getting time for closing
So we figure that I'll make it on my own

But we'll meet the year we're sixty-two
And travel the world as old friends do
And tell each other what we've been through
How love is rare, life is strange
Nothing lasts, people change




Toda vez que perco outro amor
Eu ligo para o meu velho amigo
E eu digo: vamos nos ver
Estou para baixo
Outro amor, de repente, chegou ao fim
E ele escuta enquanto eu conto a ele minha triste história
E pondera o meu gosto em homens
E nós pensamos por que eu faço isso
E a dor de passar por tal situação
E ele ri e diz: você fará novamente!
E nós sentamos num bar e conversamos até às duas
Sobre a vida e o amor como velhos amigos fazem
E contamos um ao outro pelo que temos passado
Como o amor é raro, a vida é estranha
Nada dura e as pessoas mudam
E eu pergunto se sua vida é sempre sozinha
E se ele, alguma vez, se sente desolado
E ele diz que aprendeu a amar isso
Porque já faz parte da sua vida
E isso o ajuda a sentir os bons momentos
Quando ele os tem
E nós ponderamos se eu viverei com outro amor
Ou se passarei minha vida sozinho
...
E está chegando a hora de fechar
Então nós concluímos que eu farei do meu próprio jeito
Mas nós nos encontraremos no ano em que estivermos com 62
E viajaremos pelo mundo como velhos amigos fazem
E contaremos um ao outro pelo que temos passado
Como o amor é raro, a vida é estranha
Nada dura e as pessoas mudam

20 agosto, 2007

Fim de tarde

Era um casal jovem, um casal muito lindo. As mãos dadas denunciavam o amor que perdurava havia 2 anos e 8 meses. Ele, um rapaz alto, moreno, olhos verdes e barba por fazer; com traços suaves e doces, ela era a personificação da beleza inigualável. Era um casal jovem, um casal muito lindo.

Combinaram de se encontrar para uma caminhada ao ar livre no fim de tarde, seria bom para colocar a conversa em dia, programar os cânticos do culto na igreja mais pela noitinha, estarem juntos pelo simples prazer de assim estarem. O sol já estaria fraco e seria ideal para a pele branquinha dela, sempre cuidadosa com seu sem-fim de cremes e protetores. Um dia perfeito.


Encontraram-se quando o sol já ameaçava saudar a lua, beijar o horizonte e despedir-se de todos que no mundo estavam. A suave brisa quase gélida faz com que as pessoas caminhem mais rápido, é bom para o coração. Ela sentiu-se indisposta pouco antes de saírem, mas não desistiu do passeio e tampouco do culto pela noite; seu amado mostrou-se preocupado mas ela, tão amável e sempre feliz, sorridente, disse-lhe 'para não se importar'.


Deram início à caminhada com imensa alegria pelo programa do casal 20 moderno. Em meio a risos, brincadeirinhas de 'pega', beijos, abraços, algumas fotos e, vez ou outra, alguma ligação inoportuna no celular, havia planos mútuos para o casamento dentro de poucos 2 anos. Eles terminariam a faculdade de análise de sistemas neste meio tempo, o que os credenciaria a viverem felizes para sempre, juntos em um apartamento retirado da cidade, longe da poeira, gritaria, tumulto e sujeira da cidade grande.


Mas a face alegre e por ora divertida deu lugar a uma expressão cansada, de dor, uma dor aguda que começou fraca e tornou-se lancinante a cada fração de segundo que custava passar. Sem explicações aparentes, a bela moça caiu ao chão sem o sagrado e único sopro de vida que lhe era seu por direito.

18 agosto, 2007

Eu sou egoísta!


Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal
Eu,
sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há bicho papão!!
Eu,
vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão
Se,
o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E,
fica arretado se o açúcar demora
E,
você chora, cê reza, cê pede, implora...
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei,
sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fél
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber
Sem tentar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou egoísta
Por que não?!
Raul Seixas - Marcelo Motta